Família se intoxica após confundir planta venenosa com couve em Patrocínio
Quatro pessoas estão internadas em estado grave após ingerirem "nicotiana glauca", espécie altamente tóxica que se assemelha à couve tradicional
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Quatro pessoas da mesma família sofreram intoxicação alimentar em Patrocínio, na tarde desta quarta-feira (8), após ingerirem uma planta colhida na chácara onde vivem, acreditando tratar-se de couve. O vegetal foi identificado como “nicotiana glauca”, espécie que contém nicotina, substância altamente tóxica para o organismo. O caso ocorreu em uma propriedade rural localizada a cerca de 15 quilômetros da área urbana, às margens da BR-365.
A planta venenosa, popularmente conhecida como “falsa couve”, “charuteira” ou “couve-do-mato”, apresenta aparência semelhante à couve tradicional, o que facilita a confusão. No entanto, ela é extremamente venenosa e pode ser fatal tanto para seres humanos quanto para animais quando ingerida.

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Segundo o sargento Pedro Mateus Nogueira, do Corpo de Bombeiros, os familiares, três homens e uma mulher, prepararam o almoço com as folhas colhidas na horta, refogadas com tempero. Uma criança de um ano e seis meses, que também estava na residência, não chegou a ingerir a planta.
Logo após a refeição, os adultos começaram a passar mal e acionaram o serviço de emergência. “Quando chegamos, eles ainda estavam conscientes, mas o quadro da mulher se agravou muito rápido. Ela perdeu a consciência e entrou em parada cardíaca”, relatou o sargento que atendeu a ocorrência.
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O Corpo de Bombeiros realizou manobras de reanimação e levou a vítima ao Pronto-Socorro de Patrocínio, onde a parada foi revertida. Outras equipes do Samu também foram mobilizadas e socorreram os demais familiares, que chegaram a ter paradas cardíacas, mas foram estabilizados.
Ao Paranaíba Mais, a secretária de Saúde de Patrocínio, Luciana Rocha, disse que há três vítimas em estado grave e entubados, sendo uma mulher de 37 anos, um homem de 67 e um homem de 60. A quarta vítima é um homem de 60 anos, que está consciente e orientado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Desses pacientes, dois estão no Hospital Santa Casa de Patrocínio e dois na UPA.
Ainda segundo a secretária, uma criança estava com a família quando o incidente aconteceu, porém, ela não ingeriu a planta tóxica. “A criança está em acompanhamento também na nossa UPA só por ter tido contato com as pessoas que foram intoxicadas, por precaução, mas ela não fez o consumo”, explicou.