Falta de vacinação tem levado a mortes por COVID-19 em Uberlândia
O resultado da falta de vacinação foi que até na primeira quinzena de setembro houve 87 internações em decorrência da COVID-19 e 17 mortes em Uberlândia
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A falta de vacinação é apontada com um dos motivos da alta de mortes no últimos mês em Uberlândia envolvendo a COVID-19. A cobertura vacinal de grupos de maior risco está longe do ideal, como no caso de idosos, em que a menos de um quinto da população está com em dia com as doses contra o coronavírus. Até agora 17 pessoas morreram pela doença em 2025.
Apontados como um dos grupos de risco e entre os que mais sofreram durante a pandemia de COVID-19, os idosos têm apenas 19% deles vacinados em Uberlândia neste ano. Entre as gestantes, apenas 24,22% delas estão com o cartão de vacina em dia em relação à COVID.
O caso das vacinas para crianças é ainda mais chamativo, uma vez que 0,57% do grupos está em dia com as doses.

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O resultado foi que até na primeira quinzena de setembro houve 87 internações em decorrência da COVID-19, com 16 mortes confirmadas até agosto e mais uma no início deste mês.
Agosto, por sinal, teve 6 óbitos em decorrência do coronavírus e foi o resultado mensal mais grave em Uberlândia. Anteriormente, o período com mais mortes na cidade foi o mês de fevereiro, com quatro óbitos.
Os números são da Secretaria Municipal de Saúde, que salientou em nota que “a vacinação continua sendo a principal ferramenta para prevenção de casos graves e óbitos pela doença. A recomendação é que todos os públicos elegíveis procurem as salas de vacina disponibilizadas pelo município para completar o esquema vacinal”.
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Prevenção contra Covid-19
O médico infectologista José Humberto Marins reforça a informação do Município ao dizer que na análise que se faz sobre os casos graves de COVID-19, há duas causas predominantes, que são a falta de vacinação adequada e comorbidades
“Cartão vacinal não atualizado e doenças crônicas facilitam que uma virose que poderia evoluir de forma tranquila acabe em um quadro mais grave. Isso porque descompensa a doença de base da pessoa”, disse.
Ele explica que a vacina pode até não evitar que o vírus se instale e cause da doença no paciente, contudo, a proteção impede, na maior parte dos casos, que a COVID-19 evolua de maneira agressiva.
“A mensagem (da alta de casos graves e mortes) é um sinal amarelo, que ser preciso procurar proteção com atualização do cartão vacinal”, disse José Humberto Marins.