Entenda o câncer de tireoide que fez Everton Ribeiro passar por cirurgia
Jogador do Bahia contou nas redes sociais que descobriu a doença há um mês e já foi operado; entenda o que é o câncer de tireoide, seus sintomas e tratamentos
O jogador do Bahia, Everton Ribeiro, de 35 anos, com passagens por Cruzeiro e Flamengo, revelou nesta segunda-feira (6) que foi diagnosticado com câncer de tireoide. O anúncio foi feito por meio de uma publicação nas redes sociais, na qual o atleta contou que passou por cirurgia nesta manhã e que o procedimento foi bem-sucedido.

Everton recebeu o diagnóstico há cerca de um mês, mas seguiu atuando normalmente até a data da cirurgia. No domingo (5), o jogador participou da partida entre Bahia e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro. O clube informou que o meia passa bem e permanecerá sob acompanhamento médico nas próximas semanas.
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O que é o câncer de tireoide?
O câncer de tireoide é um tumor que se desenvolve na glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço. Essa glândula é responsável por produzir hormônios essenciais para o funcionamento do metabolismo, o controle da temperatura corporal, os batimentos cardíacos e até o humor.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 4.800 novos casos por ano. Apesar de ser mais frequente em mulheres, a doença também afeta homens e pode surgir em qualquer faixa etária.
A tireoide tem formato semelhante a uma borboleta e mede aproximadamente cinco centímetros. Alterações hormonais ou anatômicas podem causar o aparecimento de nódulos, que em alguns casos se tornam malignos.
Sintomas e sinais de alerta do câncer que afetou o jogador Everton Ribeiro
Nos estágios iniciais, o câncer de tireoide pode ser assintomático, o que reforça a importância dos exames de rotina. Entre os sinais que exigem atenção estão:
- Caroço ou nódulo visível no pescoço;
- Rouquidão persistente sem causa aparente;
- Dificuldade para engolir ou respirar;
- Aumento dos gânglios linfáticos na região do pescoço;
- Crescimento acelerado de nódulos tireoidianos.
O diagnóstico é feito a partir de exames de imagem, como ultrassonografia, e confirmado por biópsia. Pacientes com histórico familiar da doença ou que já foram expostos à radioterapia cervical têm risco aumentado e devem manter acompanhamento médico periódico.
Tratamento e recuperação
O tratamento do câncer de tireoide depende do tipo e estágio da doença. O procedimento mais comum é a remoção cirúrgica da glândula, que pode ser total ou parcial. Em alguns casos, é necessário o uso de iodo radioativo para eliminar possíveis células cancerígenas remanescentes.
Nos tipos mais frequentes, papilífero e folicular, o prognóstico é bastante favorável, com altas taxas de cura. Após a cirurgia, o paciente deve fazer acompanhamento com endocrinologista e cirurgião de cabeça e pescoço, além de realizar exames regulares para monitorar a produção hormonal.
Quando há remoção completa da glândula, é necessário o uso contínuo de medicação hormonal substitutiva para manter o equilíbrio do metabolismo.
Diagnóstico precoce faz a diferença
Especialistas reforçam que o diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento. A detecção de nódulos em exames de rotina, mesmo sem sintomas, aumenta significativamente as chances de cura.
A recomendação é que qualquer alteração visível ou palpável na região do pescoço seja avaliada por um médico endocrinologista. O monitoramento regular é a melhor forma de garantir que eventuais mudanças sejam identificadas e tratadas rapidamente.