Em visita à Uberlândia, secretário de estado de Saúde anuncia R$ 900 mil de recursos para combate à dengue

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, esteve em Uberlândia, na manhã desta segunda-feira (10), em reunião com o prefeito Paulo Sérgio Ferreira. Durante o encontro, foram discutidas melhorias no setor da saúde da cidade e a colaboração entre os governos municipal e estadual.

O encontro aconteceu na sala de reuniões do Centro Administrativo e contou com a presença do secretário de Saúde, Adenilson Lima, e representantes do Ministério Público, Corpo de Bombeiros e políticos da região.

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Cidade com mais mortes por dengue

O principal tema da reunião foi o avanço da dengue no Estado, especialmente em Uberlândia, que lidera os municípios mineiros com mais vítimas da doença.

Fábio Baccheretti anunciou o adiantamento de R$ 900 mil dos R$ 1,4 milhão destinados às ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. “Uberlândia vem sofrendo com o tipo 3 da dengue, que é o tipo que está circulando em São Paulo. E isso nos preocupa, pois veio logo após um ano com alta incidência dos tipos 1 e 2. Sabemos que uma infecção por outro tipo, em um curto período de tempo, pode resultar em mais casos graves. Por isso, vamos adiantar o recurso que seria liberado no final do ano”, explicou o secretário de Estado de Saúde.

Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Paranaíba, na tarde de hoje, Paulo Sérgio comentou sobre a aplicação dos recursos. “Esse valor vai cobrir todos os custos extras que estamos tendo, inclusive com drones monitorando a cidade para identificar possíveis focos, como caixas d’água não tampadas. Ou seja, estamos em um mutirão, mas precisamos da participação da população.”

Segundo o Painel de Monitoramento de Casos de Dengue do Estado, Minas Gerais registrou 13 mortes por dengue neste ano. Em Uberlândia, são cinco mortes confirmadas e outras três em investigação. A cidade ultrapassou os 5 mil casos prováveis da doença, com outros 4.995 casos confirmados.

Samu em Uberlândia

Durante o encontro, também foram discutidas as implantações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

O secretário de Estado de Saúde reforçou que, por não fazer parte dos consórcios, a prefeitura de Uberlândia precisa custear a maior parte dos gastos com a saúde. “Onde o Samu está habilitado, mais de 60% do custeio é do Estado. Em lugares onde o Samu não existia e foi implementado, como na região do Triângulo Sul, 100% do custeio é estadual. É um passo importante, não só pelo recurso, mas também pelo tempo de resposta. Com isso, mais ambulâncias passam a atender a mesma região”, justificou Baccheretti.

Recentemente, o prefeito Paulo Sérgio anunciou que autorizou a Secretaria Municipal de Saúde a iniciar um estudo de viabilidade técnica para a implantação dos serviços em Uberlândia, sem que haja descontinuidade de nenhum serviço de saúde no município.

Durante o encontro de hoje, o prefeito anunciou que receberá, na quarta-feira (12), a visita técnica do Ministério da Saúde para tratar da viabilidade de implantação do Samu. “Uberlândia é um polo regional de saúde, e precisamos integrar mais com o Estado e a União, além de receber recursos. Com a implantação do Samu em Uberlândia, vamos contar com recursos para custear a parte do município no Samu e também para a UPA. Vamos implantar três UPAs na cidade, e para cada uma, teremos recursos do governo estadual e do governo federal”, explicou Paulo Sérgio.