Doenças mais comuns em Uberlândia desafiam sistema de saúde e alertam população

Dengue, chikungunya e zika estão entre as enfermidades mais frequentes neste ano, seguidas por casos de doenças respiratórias, crônicas e infecções

, em Uberlândia

Doenças transmitidas por mosquitos como o Aedes aegypti, foram as mais incidentes em Uberlândia em 2025, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde e dos Painéis de Vigilância Epidemiológica.Somente neste ano, o município contabilizou 36.827 casos confirmados, somando dengue, chikungunya e zika.

Arboviroses lideram registros de doenças mais comuns em Uberlândia em 2025
Arboviroses lideram registros de doenças mais comuns em Uberlândia em 2025 – Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil/Reprodução

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O município também enfrentou um aumento expressivo de internações por SRAG em abril de 2025, com quase 90% de alta ocupação hospitalar para casos não-Covid, reforçando a necessidade de medidas preventivas, como vacinação contra influenza e atenção redobrada às pessoas com comorbidades.

Arboviroses lideram entre doenças mais comuns em Uberlândia

As doenças transmitidas por mosquitos estão entre as mais frequentes na cidade durante o ano de 2025:

  • Dengue: 24.778 casos confirmados, 37 óbitos

  • Chikungunya: 12.024 casos confirmados, 1 óbito

  • Zika: 25 casos confirmados, sem óbitos até o momento

O município contabilizou 36.827 casos confirmados, somando dengue, chikungunya e zika.  O aumento desses casos evidencia a importância do controle de criadouros de mosquitos e das campanhas de conscientização sobre prevenção de arboviroses. Até 06 de outubro, Minas Gerais registrou 110.293 casos confirmados de dengue e 130 óbitos em todo o estado.

Doenças respiratórias fica entre as principais causas de internação

Além das arboviroses, as doenças respiratórias seguem como uma das principais causas de hospitalizações em Uberlândia. O município registrou 26.069 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 5.193 mortes desde 2020.

Os vírus mais comuns em circulação são o rinovírus, influenza A, adenovírus, parainfluenza e Covid-19, que ainda apresenta transmissão intermitente. Em abril deste ano, a prefeitura chegou a declarar situação de emergência na saúde pública devido ao aumento de 90% nas internações por SRAG não relacionadas à Covid-19.

Covid-19 mantém circulação, mas com menor impacto

Desde o início da pandemia, Uberlândia registrou 360.806 casos confirmados de Covid-19, com 5.354 óbitos.  Entre 2024 e 2025 foram 6.665 casos confirmados e 93 óbitos conforme o Painél de Vigilância Epidemiológica.

Apesar da circulação mais baixa atualmente, o vírus segue ativo de forma intermitente, reforçando a necessidade de vacinação, higiene e cuidados em ambientes fechados, principalmente para idosos e pessoas com comorbidades.

Infectocontagiosas e outras emergentes

O Painel de Vigilância Epidemiológica e a Secretaria Municipal de Saúde também monitoram enfermidades infectocontagiosas e crônicas que continuam a exigir atenção constante. Em 2025, os registros foram os seguintes:

    • Câncer: 7.256 casos registrados até o momento;

    • HIV/Aids: 3.680 casos de infecção e 1.586 casos de AIDS;

    • Meningite: 96 casos confirmados, com 2 óbitos;

    • Mpox: 77 casos confirmados.

Apesar de números menores que os das doenças respiratórias e arboviroses, essas enfermidades exigem atenção constante por meio de diagnóstico precoce, vacinação e acompanhamento médico regular.

Doenças crônicas acometem grande parte da população

Doenças crônicas como hipertensão, diabetes, asma e rinite estão entre as mais comuns em Uberlândia e no Brasil. A hipertensão, por exemplo, afeta cerca de 27,9% da população adulta brasileira, segundo o Ministério da Saúde. Um levantamento realizado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com 1.553 usuários de uma unidade de saúde, sendo 70,6% mulheres, revelou prevalência de 37,34% de hipertensão e 10,5% de diabetes entre os cadastrados.

A faixa etária mais atendida foi a de adultos entre 40 e 59 anos (33,23%), enquanto adolescentes de 14 a 17 anos representaram apenas 1,55% dos atendimentos. O estudo também apontou maiores índices de hipertensão (37,34%), tuberculose (15%) e diabetes (10,5%), reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e controle dessas doenças crônicas.

Campanhas de prevenção e vacinação

Para reduzir o impacto dessas doenças, a Prefeitura de Uberlândia iniciou nesta sexta-feira (17) o abastecimento das unidades de saúde para o Dia D da Multivacinação, previsto para sábado (18). Serão disponibilizadas cerca de 20 mil doses, garantindo que crianças e adolescentes possam atualizar seus cartões de vacinação.

O Ministério da Saúde recomenda cobertura vacinal de 95%, mas em Uberlândia, algumas vacinas apresentam índices abaixo de 80%, como DPT, tríplice viral, poliomielite e varicela. A vacinação contra o HPV apresenta cobertura de 83% entre meninas e 78% entre meninos, colocando em risco a imunidade coletiva.

Vacinas essenciais incluem: BCG, Hepatite A e0 B, Pentavalente, Poliomielite, Rotavírus, Pneumocócica 10-valente, Meningocócica C e ACWY, Febre Amarela, Tríplice e Tetra Viral, Varicela, Dengue (Qdenga) e reforços para adolescentes (HPV quadrivalente, Meningocócica ACWY, dT).