Doença misteriosa deixa mais de 50 mortos na República Democrática do Congo
Surto atinge vilarejos remotos e causa mortes em poucas horas; autoridades descartam ebola e investigam a origem da enfermidade
Uma doença ainda sem causa identificada resultou na morte de mais de 50 pessoas na República Democrática do Congo (RDC) nas últimas semanas. O surto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se espalhou por dois vilarejos remotos na província de Equateur, no noroeste do país.
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As autoridades sanitárias investigam a origem da enfermidade, que tem sintomas semelhantes a febres hemorrágicas, mas cujos exames iniciais descartaram ebola e marburg.
De acordo com um boletim da OMS divulgado na terça-feira (25), até o dia 16 de fevereiro haviam sido registrados 453 casos e 53 mortes. O primeiro foco foi identificado em 12 de janeiro, no vilarejo de Boloko, na zona sanitária de Bolomba, onde 12 pessoas adoeceram e oito morreram. O segundo surto surgiu em 13 de fevereiro no vilarejo de Bomate, na zona sanitária de Basankusu, causando 45 óbitos.
Em muitas ocorrências, as vítimas faleceram em até 48 horas após o início dos sintomas.
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Entre os sinais da doença estão febre, dores intensas, vômitos e diarreia. Para identificar a causa, foram coletadas amostras de 13 pacientes e enviadas ao Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, em Kinshasa, capital do país. Além de ebola e marburg, as investigações também buscam descartar outras doenças, como malária, febre tifoide, meningite e intoxicação alimentar.
A OMS ressaltou que os vilarejos afetados têm infraestrutura sanitária limitada, o que dificulta a detecção e controle de doenças. Além disso, o consumo de carne de animais selvagens é comum na região, o que pode facilitar a transmissão de doenças zoonóticas. Embora nenhuma conexão entre os dois surtos tenha sido estabelecida até o momento, as investigações continuam em andamento.