Dia Mundial do Vitiligo: entenda a doença que afeta milhões de brasileiros e ainda enfrenta preconceito

Celebrado em 25 de junho, o Dia Mundial do Vitiligo chama atenção para a conscientização, combate à discriminação e incentivo à pesquisa sobre a condição dermatológica

, em Uberlândia

O Dia Mundial do Vitiligo, celebrado nesta quarta-feira (25), é uma data fundamental para dar visibilidade a uma condição que, embora não ofereça riscos à saúde física, impacta fortemente a autoestima e a qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 1% da população conviva com o vitiligo, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o que representa aproximadamente 1 milhão de brasileiros.

O vitiligo é uma condição autoimune e crônica, caracterizada pela perda de melanócitos, as células responsáveis pela produção da melanina, pigmento que dá cor à pele. Isso provoca manchas brancas que podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive nos cabelos, olhos e mucosas. Ainda que não seja contagioso, o vitiligo pode causar grande sofrimento emocional, especialmente devido ao preconceito e à desinformação que o cercam.

pessoa com vitilico para representar o Dia Mundial do Vitiligo
O Dia Mundial do Vitiligo é celebrado para conscientizar as pessoas sobre a condição da doença – Crédito: Freepik/Divulgação

Além de conscientizar sobre a doença, o Dia Mundial do Vitiligo tem como objetivo combater o estigma, promover a inclusão social dos pacientes e arrecadar recursos para investimentos em pesquisa, tratamentos e campanhas educativas.

Dia Mundial do Vitiligo: impactos emocionais e sociais

Viver com vitiligo vai além das marcas visíveis na pele. Muitos pacientes relatam discriminação, isolamento social e dificuldades no mercado de trabalho ou em relações pessoais. Por isso, é fundamental que a sociedade entenda que o vitiligo não é uma doença infecciosa e que as pessoas com a condição devem ser tratadas com respeito e empatia.

“O preconceito muitas vezes dói mais do que as manchas. É preciso naturalizar as diferenças e dar visibilidade a todos os tipos de pele”, afirma a dermatologista e membro da SBD, Dra. Carolina Marçon.

pessoa com vitilico para representar o Dia Mundial do Vitiligo
Vitiligo atinge cerca de 1 milhão de brasileiros e ainda é cercado por estigmas – Crédito: Freepik/Divulgação

Avanços no tratamento

Embora o vitiligo ainda não tenha cura, os tratamentos disponíveis buscam reduzir as manchas e controlar a progressão da doença. Entre as opções estão cremes tópicos, fototerapia, laser, medicamentos imunossupressores e, em alguns casos, cirurgias de enxerto de melanócitos.

Pesquisas recentes também investigam o uso de novas terapias com inibidores de JAK, que têm mostrado resultados promissores na repigmentação da pele.

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Representatividade importa

Winnie Harlow
Winnie Harlow, é uma modelo canadense e porta-voz pública sobre a condição de pele vitiligo – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Nos últimos anos, a presença de pessoas com vitiligo na mídia e na moda tem ajudado a desconstruir padrões de beleza e a aumentar a representatividade. Um dos maiores ícones dessa luta é a modelo canadense Winnie Harlow, que se tornou referência global ao desfilar com orgulho suas manchas.

Esse tipo de visibilidade contribui diretamente para que mais pessoas se sintam acolhidas e confiantes com sua aparência, além de reforçar a importância da diversidade na estética e na sociedade.

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