Dia Mundial da Leucemia Mieloide Crônica alerta para sintomas e avanços no tratamento
Doença que afeta o sangue e a medula óssea pode ser silenciosa no início; diagnóstico precoce é fundamental para garantir boa qualidade de vida aos pacientes
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Nesta segunda-feira (22) é celebrado o Dia Mundial da Leucemia Mieloide Crônica (LMC), data que chama atenção para a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento adequado da doença hematológica. A LMC é um tipo de câncer do sangue que, segundo especialistas, transformou-se de uma condição antes fatal em uma doença controlável, graças ao avanço dos tratamentos.

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O que é a Leucemia Mieloide Crônica?
De acordo com o hematologista Virgílio Farnese, do Hospital de Clínicas da UFU/Ebserh, a LMC é causada pela produção excessiva e descontrolada de células mieloides na medula óssea, células responsáveis por formar glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas.
“Essas células doentes se acumulam no sangue, podem infiltrar órgãos como o baço e comprometem a medula, que perde a capacidade de produzir células saudáveis. Isso leva à anemia, baixa imunidade e risco de sangramentos”, explica o especialista.
Sintomas exigem atenção
O problema é que a LMC pode ser silenciosa no início. Quando apresenta sintomas, eles incluem fraqueza, febre e suores noturnos, perda de peso e de apetite, palidez, sangramentos fáceis e dores ósseas. “É comum que o diagnóstico seja feito por acaso, em um hemograma de rotina. Por isso, exames periódicos são tão importantes”, reforça o médico.
Sinais e Sintomas:
- Palidez, resultante de anemia;
- Cansaço e mal-estar;
- Dor no lado esquerdo do abdômen, devido ao aumento do baço;
- Suor excessivo, principalmente à noite;
- Perda de peso;
- Sangramento fácil, hematomas e hemorragias nasais frequentes.
Diagnóstico precoce salva vidas
O diagnóstico inicial é feito por um simples hemograma e confirmado por exames genéticos. Detectar a doença precocemente permite que o tratamento seja iniciado antes que a LMC evolua para fases mais agressivas, o que melhora o prognóstico e aumenta a expectativa de vida dos pacientes.

Tratamento garante qualidade de vida
Atualmente, a LMC é tratada com medicamentos orais chamados inibidores de tirosina-quinase, que bloqueiam a mutação genética causadora da doença. “Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes consegue viver por décadas com boa qualidade de vida e sem sintomas da doença”, destaca Farnese.
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Conscientização é a chave
O Dia Mundial da Leucemia Mieloide Crônica é um convite para que a população esteja atenta aos sinais de alerta e busque atendimento médico em casos de suspeita. Campanhas de conscientização também reforçam a importância do acompanhamento hematológico e do acesso a medicamentos modernos pelo sistema de saúde.