Crise do metanol completa um mês: veja medidas adotadas e número de casos

Primeiros casos de intoxicação por bebidas adulteradas foram divulgados em 26 de setembro, marcando o início da crise que mobilizou autoridades e colocou a população em alerta

, em Uberlândia

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A crise do metanol completa um mês desde o registro dos primeiros casos de suspeita de intoxicação devido a bebidas adulteradas no estado de São Paulo. Após mais de 30 dias, o país tem 58 casos confirmados e 15 mortes, segundo a última atualização do Ministério da Saúde, realizada na sexta-feira (24). Os primeiros casos foram divulgados em 26 de setembro e, desde então, diversas medidas foram tomadas pelos órgãos públicos.

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controle de bebidas alcoólicas
MP expediu recomendação ao setor de bares, restaurantes, hotéis e eventos para aumentar a segurança na venda de bebidas alcoólicas – Créditos: Pexels/Divulgação

Ainda há 50 casos em investigação, nos estados: São Paulo (14), Pernambuco (19), Rio de Janeiro (1), Piauí (4), Mato Grosso (4), Mato Grosso do Sul (1), Rio Grande do Norte (1), Paraná (4), Minas Gerais (1) e Tocantins (1). Outras 635 notificações foram descartadas.

Dos casos confirmados, 15 são óbitos: 9 em São Paulo, 3 no Paraná e 3 em Pernambuco. Outros 9 óbitos seguem em investigação, sendo 4 em PE, 2 no PR, 1 em MG, 1 no MS e 1 em SP. Outras 32 notificações de óbitos foram descartadas.

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Mais de um mês da crise do metanol

Desde os primeiros casos, os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), serviço especializado em emergências e orientações sobre intoxicações, assumiram a frente na detecção, enquanto a Vigilância Sanitária e as polícias atuaram nos locais de venda e consumo.

No dia 7 de outubro, o Governo Federal criou um comitê para enfrentar os problemas das bebidas contaminadas por metanol. O Comitê de Enfrentamento da Crise do Metanol é coordenado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

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No dia seguinte, o Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo confirmou que o metanol encontrado em garrafas contaminas examinadas foi adicionado. A constatação foi possível, pois a concentração da substância nos produtos era muito acima da encontrada em processos de destilação natural.

Já no dia 17 de outubro, 21 dias após o primeiro alerta, uma operação da Polícia Civil de São Paulo encontrou os dois postos de onde saiu o combustível adulterado com metanol no ABC Paulista. A descoberta aponta para uma origem provável da falsificação de bebidas.

A rede abastecia uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, descoberta pela Polícia Civil no dia 10 de outubro.

Polícia fecha fábrica clandestina de bebidas ligada à morte de duas pessoas por metanol em SP
Polícia fechou fábrica clandestina de bebidas ligada à morte de duas pessoas por metanol em São Paulo – Crédito: Polícia Civil/Divulgação