Após alerta da Anvisa sobre formol, como identificar se a progressiva é segura?
Formol em progressivas é proibido e apresenta riscos à saúde, além de ter potencial cancerígeno a longo prazo
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Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou sobre os riscos à saúde relacionados a progressiva com formol. A substância, proibida para o uso como alisante de cabelo, pode causar irritações na pele e problemas respiratórios, além de ter potencial cancerígeno a longo prazo.
O formol só é permitido como conservante em produtos cosméticos no Brasil, e em concentrações muito baixas – de até 0,2%. A substância também é permitida como endurecedor de unhas, mas em concentrações de até 5%. Segundo a Anvisa, os alisantes capilares com ácido glioxílico, outra substância proibida, também podem representar um risco à saúde. Saiba como identificar se o produto usado para alisar o seu cabelo é regularizado e seguro.
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Segundo a Anvisa, os consumidores devem verificar se o produto é regularizado pela agência reguladora. Além disso, é importante evitar produtos sem rótulo ou com promessas enganosas, e seguir corretamente as instruções de uso. Os usuários também devem se atentar a sinais como coceira, ardência ou dificuldades respiratórias ao usar o produto.
Já os profissionais de salões de beleza, a Anvisa alerta para utilizaram apenas produtos regularizados e recusaram o uso de substâncias proibidas, mesmo que a pedido de clientes. A recomendação também cita o uso de medidas de proteção individual e manter os ambientes ventilados.
Infração sanitária grave
A adição de formol a cosméticos é considerada uma infração sanitária grave e pode configurar crime hediondo, conforme o artigo 273 do Código Penal. Seu uso como agente alisante é proibido e pode causar severos danos quando aquecido e é principalmente perigoso quando associado a outros procedimentos, como a descoloração dos fios capilares.
Dentre os riscos à saúde da progressiva com formol, estão:
- Irritações, queimaduras no couro cabeludo, coceira e alergias;
- Problemas respiratórios (tosse e falta de ar) devido à inalação dos vapores;
- Riscos a longo prazo, como o potencial cancerígeno do formol.
Além de danos aos cabelos:
- Danos à parte interna do fio (córtex), com perda de queratina, reduzindo força e elasticidade;
- Degradação da camada externa (cutícula), aumentando a porosidade e o frizz, dificultando a retenção de água e nutrientes;
- Perda da oleosidade natural (lipídios), deixando os fios ressecados, sem brilho e vulneráveis a danos externos;
- Combinação com descoloração aumenta a porosidade em até quatro vezes, resultando em cabelos quebradiços e com frizz;
- Uso de calor (secadores/pranchas) intensifica os danos, causando a desnaturação irreversível da queratina.