Anemia falciforme: entenda a condição e a urgência de doações de sangue para jovem internada

Ana Beatriz Rocha, internada em Uberlândia, enfrenta um quadro grave de anemia falciforme e precisa urgentemente de doações de sangue do tipo O negativo com fenotipagem específica.

O pai, Maxwell Rocha, tem feito apelos nas redes sociais desde terça-feira (22) para encontrar doadores compatíveis, já que a condição da jovem exige transfusões precisas.

Mas o que é a anemia falciforme e por que as doações são tão importantes?

O que é anemia falciforme?

A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária que altera os glóbulos vermelhos, responsáveis por carregar oxigênio pelo corpo. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, esses glóbulos assumem a forma de foice (daí o nome “falciforme”) e tornam-se frágeis, rompendo-se com facilidade.

Isso causa anemia, pois há menos células saudáveis para transportar oxigênio. A hemoglobina, que dá cor aos glóbulos vermelhos e leva oxigênio aos órgãos, é afetada, impactando a saúde geral do corpo.

A doença é mais comum em pessoas de origem africana, mas, no Brasil, devido à miscigenação, também pode afetar indivíduos de pele branca ou parda. Cerca de 8% da população negra no país apresenta a condição, conforme dados do Ministério da Saúde.

Principais sintomas

Conforme biblioteca virtual, os sintomas da anemia falciforme variam de pessoa para pessoa e geralmente começam a aparecer após os seis meses de vida. Entre os mais comuns, destacam-se:

• Crises de dor: causadas pela obstrução de vasos sanguíneos pelos glóbulos em forma de foice, afetando ossos, articulações ou outras partes do corpo. As crises podem ser desencadeadas por frio, infecções, estresse, gravidez ou desidratação.

• Síndrome mão-pé: em crianças pequenas, inchaço, dor e vermelhidão nas mãos e pés.

• Infecções: pacientes têm maior risco de pneumonias e meningites, exigindo vacinas especiais e atenção imediata a febres.

• Úlceras de perna: feridas próximas aos tornozelos, comuns na adolescência, que demoram a cicatrizar.

• Sequestro de sangue no baço: em crianças, o baço pode reter sangue, causando uma emergência médica que pode ser fatal sem tratamento rápido.

Diagnóstico e tratamento

A anemia falciforme é detectada pelo teste do pezinho, realizado gratuitamente em recém-nascidos, ou por um exame chamado eletroforese de hemoglobina. O tratamento envolve acompanhamento médico contínuo por uma equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, entre outros).

Pacientes recebem orientações para prevenir crises, tratar sintomas e manter o crescimento e desenvolvimento normais. Transfusões de sangue, como no caso de Ana Beatriz, são frequentemente necessárias para aliviar a anemia e evitar complicações.

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Por que a doação de sangue é essencial?

Ana Beatriz está com níveis muito baixos de hemoglobina e glóbulos brancos, o que agrava seu estado. Ela precisa de sangue O negativo fenotipado, um tipo específico identificado por exames que analisam antígenos nas hemácias.

Essa compatibilidade reduz o risco de reações imunológicas, segundo o Hemocentro Regional de Uberlândia.

A fenotipagem é feita a partir do banco de doadores cadastrados, mas Maxwell Rocha apela nas redes sociais para aumentar as chances de encontrar doadores adequados.

Como ajudar Ana Beatriz e outros pacientes

O Hemocentro de Uberlândia busca doadores de sangue O negativo com fenotipagem compatível, mas todos os tipos sanguíneos são necessários, já que outros pacientes também dependem de transfusões.

A Fundação alerta que os estoques de O positivo, O negativo, A positivo, A negativo, B negativo e AB negativo estão baixos.

Para doar, vá ao Hemocentro Regional de Uberlândia, na Avenida Levino de Souza, nº 1845, bairro Umuarama, nos seguintes horários:

• Segundas-feiras: 7h às 11h30 e 14h às 16h

• Terças a sextas-feiras: 7h às 11h30

• Segundo e último sábado do mês: 7h às 11h30

Agendamentos podem ser feitos pelo site da Hemominas ou pelo aplicativo MGapp – Cidadão.