Agosto teve aumento de mortes por COVID-19 em Uberlândia

A COVID-19 em Uberlândia matou 6 pessoas no últimos mês, que também registrou aumento de 246% dos casos em relação a julho

, em Uberlândia

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O número de casos de COVID-19 em Uberlândia voltou a crescer em agosto, depois de um período de queda no ano de 2025. O aumento chega a 246% em relação a julho. O último mês, inclusive, foi o que teve a quantidade de mortes pela doença na cidade desde janeiro. A questão pode estar ligada à sazonalidade e pela baixa procura por vacinas no Município.

Entre 1ª e 31 de agosto, Uberlândia teve a confirmação de 52 casos de COVID-19, contra 15 registros do tipo em julho, segundo dados da secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Esse foi o segundo mês de crescimento de casos depois de quatro meses com registros em queda. Entre junho e julho o número de confirmações passou de 9 para 15 e em agosto houve um salto mais significativo.

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Aumento era esperado, mas situação exige cuidado – Crédito: Robson Valverde/Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina (SES-SC)

Mortes em Uberlândia

Agosto ainda teve 6 óbitos em decorrência do coronavírus. Anteriormente, o período com mais mortes foi o mês de fevereiro, que, inclusive teve a maioria dos casos de 2025, com 369 confirmações da doença e 4 óbitos.

De janeiro a agosto, Uberlândia teve 794 confirmações de COVID e 16 mortes pela doença. Dados fornecidos pelo Município ainda apontam mais uma morte na primeira quinzena de setembro, totalizando 17 óbitos confirmados.

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Baixa vacinação

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, até o momento, 87 pessoas forma internadas em decorrência da COVID-19, em 2025. A cobertura vacinal baixa chama a atenção.

“Entre os grupos mais vulneráveis (a vacinação) segue baixa, com apenas 19% dos idosos, 0,57% das crianças e 24,22% das gestantes imunizados. Diante desse cenário, a Secretaria reforça que a vacinação continua sendo a principal ferramenta para prevenção de casos graves e óbitos pela doença. A recomendação é que todos os públicos elegíveis procurem as salas de vacina disponibilizadas pelo município para completar o esquema vacinal”, disse o Município em nota.

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Sazonalidade

Uma análise feita pelo médico infectologista José Humberto Martins aponta que a baixa procura por vacinas e a época mais fria do ano abrem caminho para uma retomada de casos da doença. “Nessas estações frias, a tendência a aglomerações leva aos quadros de pessoas que têm sintomas respiratórios e síndromes gripais. É uma época em que há maior circulação de agentes (desses problemas de saúde) na população. Assim temos expectativa de aumento para doenças respiratórias. A COVID está no meio”, explicou.

O médico aconselha cuidados preventivos como vacinas atualizadas e que pessoas com sintomas gripais evitem contato externo. Principalmente entre grupos de risco, como pessoas com problemas de coração e de baixa no sistema imunológico. “São essas pessoas que acabam internadas e são vulneráveis”, disse José Humberto Martins.