Vice-prefeito de Uberlândia, Vanderlei Pelizer, deixa Israel e está em local seguro

Saída foi feita por meio de operação coordenada entre autoridades brasileiras e israelense; gabinete do vice-prefeito reforça que ele está bem

, em Uberlândia

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O vice-prefeito de Uberlândia, Vanderlei Pelizer, já deixou o território de Israel e está em um local seguro. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (18) por meio de uma nota oficial divulgada pelo gabinete do vice-prefeito.

Segundo o comunicado, a saída de Pelizer foi feita através de uma operação conjunta com autoridades brasileiras e israelenses, que priorizou a segurança dele e dos demais membros da delegação que estava no país.

Ainda conforme a nota, “por questões de segurança e protocolos internacionais, não foram divulgados detalhes sobre como a operação foi realizada, nem o local onde o vice-prefeito se encontra atualmente”, informaram.

O gabinete enfatizou ainda que o vice-prefeito está bem e em segurança.

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Vice-prefeito de Uberlândia, Vanderley Pelizer
Crédito: Reprodução / YouTube

Confira a nota enviada pelo gabinete do vice-prefeito na íntegra: 

O vice-prefeito Vanderlei Pelizer já se encontra em local seguro, fora do território de Israel. Sua saída foi realizada através de uma operação coordenada com autoridades brasileiras e israelenses, priorizando sua segurança e a de toda a delegação. Por questões de segurança e protocolo internacional, não serão divulgados maiores detalhes sobre a operação ou localização. O mais importante neste momento é reforçar que o vice-prefeito está bem e em segurança.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a evacuação das 27 autoridades convidadas por Israel foi custeada pelo governo israelense.

Israel arcou com o seu transporte terrestre até a Jordânia e suas passagens aéreas de retorno para o Brasil em voos comerciais, bem como hospedagem para aqueles que necessitarão de pernoites em Amã até a definição da data de embarque, tendo em conta a oferta de voos em operação no aeroporto internacional da capital jordaniana nos próximos dias.

Pelizer em Israel

O vice‑prefeito de Uberlândia teria optado em ficar em Israel mesmo após a escalada do conflito com o Irã, sem data definida ainda para retorno.

Pelizer explicou durante uma entrevista que seguiu orientação conjunta do Itamaraty, da embaixada brasileira e das autoridades israelenses, que recomendaram aguardar no país onde já havia estrutura de abrigo e comunicação, evitando trajetos terrestres perigosos por território de facções radicais como Hamas ou Hezbollah.

A missão dos brasileiros nos países foi organizada pela Frente Parlamentar Brasil-Israel e envolveu visitas técnicas e encontros institucionais.

No entanto, o cenário geopolítico tenso gerou críticas quanto ao momento da viagem, com muitos questionamentos sobre a segurança das autoridades brasileiras no Oriente Médio.

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Resgates

Parte dos gestores municipais brasileiros, formado por prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais, que estavam em Israel, optou por deixar Tel Aviv e atravessou a fronteira para Jordânia, no último domingo (15).

Já na manhã desta terça-feira (17), o mesmo grupo deixou, que teria se deslocado para Arábia Saudita, deixou o país rumo ao retorno para o país de origem.

Prefeito de BH em meio a uma comitiva de autoridades brasileiras em Israel
Parte das autoridades brasileiras em Israel já estão retornando para o país – Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Ainda no mesmo dia o grupo chegou à Ilha do Sal, localizada em Cabo Verde, onde descansaram. Nesta quarta-feira (18), pela manhã, o grupo finalmente chegou ao Brasil e foi resgatado com sucesso dos conflitos no oriente médio.

No entanto, a outra parte da comitiva brasileira de gestores ainda estaria em Israel, até então.

Ausência em Uberlândia foi sentida

Segundo o colunista Danilo Caixeta, o vereador Igino Marcos do PT protocolou na última terça-feira (17) um pedido de cassação do vice-prefeito de Uberlândia, Vanderlei Pelizer. Para o parlamentar, Pelizer teria cometido infrações político-administrativas que são passíveis de cassação do mandato.

A denúncia apresentada aponta que o vice-prefeito se recusou a retornar ao Brasil e dispensou o resgate. O vereador denunciante, que também é advogado, fundamenta o pedido em uma lei federal e na Lei Orgânica do Município que proíbe que o prefeito deixe a cidade por mais de 15 dias sem autorização da Câmara Municipal.