Vice de Uberlândia e autoridades que estavam em Israel devem voltar ao Brasil nesta sexta (20)
Grupo foi levado para Jordânia com o apoio do governo de Israel e, segundo o Itamaraty, irão retornar em voo comercial
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Os gestores e servidores públicos brasileiros que permaneceram no Oriente Médio, após o retorno da maior parte da comitiva, devem embarcar de volta ao Brasil na tarde desta sexta-feira (20). O grupo está na cidade de Amã, na Jordânia, desde que deixou Israel, onde estavam durante a escalada do conflito com o Irã.
A possibilidade foi comunicada pela vice-prefeita de Florianópolis (SC), Maryanne Mattos, durante uma entrevista ao canal Unique TV, na tarde desta quinta-feira (19). Também participaram da transmissão o vice-prefeito de Uberlândia, Vanderlei Pelizer, o secretário de Segurança Pública de Porto Alegre (RS), Alexandre Aragon, além de outros integrantes da missão.
“Se tudo der certo, amanhã à tarde estaremos embarcando para o Brasil. E, se Deus quiser, no fim de semana já estaremos em casa”, declarou Maryanne.
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) já havia informado que a saída dos últimos integrantes da comitiva brasileira de Israel para a Jordânia foi concluída e que o retorno ao Brasil depende da disponibilidade de voos no Aeroporto Internacional de Amã.
De acordo com o órgão, ao todo, foram evacuadas 27 pessoas, e os custos do transporte terrestre até a Jordânia, das passagens aéreas para o Brasil e da hospedagem foram custeados pelo governo israelense. A previsão é que o grupo viaje em voos comerciais.
O primeiro grupo de autoridades brasileiras cruzou a fronteira de Israel com a Jordânia na segunda-feira (16) e embarcou na Arábia Saudita em um voo privado, chegando ao Brasil na quarta-feira (18).
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Ainda em entrevista, o vice-prefeito de Uberlândia retomou o assunto, já discutido por ele em outras ocasiões, reforçando que a decisão de permanecer no país por mais tempo foi tomada com base em orientações diretas do governo israelense.
“Não saímos [de Israel] por uma razão lógica bem simples. Eles tem um dos melhores sistemas de inteligência do mundo. Eles conhecem muito bem o território, sabem exatamente o que acontece dentro do seu país e, especialmente, na cidade de Tel Aviv. O controle é altíssimo quando o assunto é segurança”, explicou.
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Pelizer também destacou que todos os integrantes da comitiva estavam cientes da situação no Oriente Médio no momento da viagem, mas que a escalada do conflito acabou surpreendendo.
“Todos nós sabíamos que estávamos indo para um país em guerra declarada, isso não era novidade para ninguém. A surpresa foi a escalada do ataque de Israel contra o Irã, o que aumentou muito a tensão. Nesse cenário, as autoridades israelenses deixaram claro que não recomendavam o deslocamento por terra naquele momento. E, se quem domina a situação nos alerta sobre os riscos, o mais sensato é seguir essa orientação. Foi uma decisão racional, baseada em segurança”, afirmou.