Vereador de Uberaba é investigado por corrupção e vira alvo da PCMG

Almir Silva (Republicanos) nega irregularidades, mas é investigado por desvio de verba pública de R$ 388 mil, segundo a Polícia Civil de Minas. Um empresário e outras pessoas também são alvo

, em Uberlândia

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Na manhã desta segunda-feira (7), o vereador de Uberaba Almir Pereira da Silva (Republicanos) se tornou alvo de um inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que apura possível esquema de desvio de recursos públicos por meio da nomeação de assessores fantasmas. Além do político, outras sete pessoas foram alvo de mandados de busca e apreensão, entre elas empresários, servidores públicos e até um estudante.

As investigações apontam que um empresário teria financiado a campanha eleitoral do vereador e, em contrapartida, recebido valores provenientes de salários pagos a pessoas nomeadas como assessores parlamentares que, segundo a apuração da Polícia Civil, nunca teriam exercido de fato suas funções. O valor desviado dos cofres públicos é estimado em R$ 388 mil.

Almir Silva, vereador de Uberaba
Almir Silva, vereador de Uberaba – Crédito: Rodrigo Garcia/Câmara Municipal de Uberaba

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Procurado pela reportagem, o vereador Almir Silva afirmou que a operação foi uma surpresa. “Entreguei meu celular e estou à disposição das autoridades, sei da pessoa que sou e da maneira como conduzo meu trabalho. Estou muito tranquilo”, disse o parlamentar.

Almir Silva também negou qualquer envolvimento com financiamentos irregulares de campanha. “Toda a verba foi declarada junto à Justiça Eleitoral e veio do partido”, informou. Ele também rejeitou a acusação de contratação de funcionários fantasmas. “Todos os meus assessores atuam de forma regular e transparente”, completou o vereador.

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Investigação envolvendo vereador de Uberaba mobilizou 30 policiais civis

Polícia Civil de Minas Gerais
Os mandados foram cumpridos nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira – Crédito: PCMG / Reprodução

A operação policial, realizada simultaneamente em oito endereços residenciais em Uberaba, contou com o trabalho de aproximadamente 30 policiais civis. Foram apreendidos documentos contábeis, fiscais e empresariais, além de dispositivos eletrônicos que serão analisados para aprofundar a investigação.

Além das buscas, a Justiça autorizou o bloqueio de bens e valores dos investigados, no limite de até R$ 388 mil. O pedido de afastamento dos envolvidos de cargos públicos, no entanto, não foi concedido pela Justiça.

As autoridades estão investigando crimes como peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O caso segue sob responsabilidade da Delegacia Regional de Polícia Civil de Uberaba. Os materiais apreendidos durante a operação serão fundamentais para a próxima etapa da apuração.

Com informações de Luisa Nielsen