Trump chama Brasil de “péssimo parceiro comercial” e Lula responde: “mentira”
Presidente norte-americano também condenou a prisão domiciliar de Bolsonaro; Lula se pronunciou defendendo o Brasil
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, criticou o Brasil e condenou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, nesta quinta-feira (14). O líder norte-americano afirmou que o Brasil é “um dos piores parceiros comerciais do mundo” em conversa com jornalistas na Casa Branca.
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Entrou em vigor, recentemente, o tarifaço de 50% imposto por Trump sobre as exportações brasileiras nos EUA. Para o presidente norte-americano, a medida foi uma reação a práticas comercias que sempre prejudicaram empresas e produtores americanos.
“O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas. Como vocês sabem, eles cobram tarifas enormes, muito mais do que cobrávamos deles. Não estávamos cobrando nada essencialmente”, afirmou Trump.
Segundo o portal R7, o presidente dos Estados Unidos também criticou a situação política brasileira. Trump se dirigiu principalmente à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro. Ele classificou a decisão como uma “execução política”.
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Lula não deixou quieto
Após as declarações de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o líder estadunidense mente ao dizer que o Brasil é um mau parceiro comercial. Lula falou sobre o assunto durante agenda no Recife (PE), na tarde desta quinta-feira.
“É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, o Brasil só não vai andar de joelhos para o governo americano”, afirmou Lula. “Eles estão nos ameaçando todos os dias. A gente continua com vontade de negociar, a gente quer negociar”, acrescentou.
Defesa de Bolsonaro entregou alegações finais ao STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros sete réus das investigações da trama golpista que visava reverter o resultado das eleições de 2022 já entregaram ao STF suas alegações finais nesta quarta-feira (14).
Segundo a Agência Brasil, todos os réus negam os crimes e pedem a absolvição de todas as acusações. Em sua maioria, os advogados não focaram em negar a existências de uma trama golpista em si, mas em focar que o seu cliente não está envolvido.
A equipe de advogados de Bolsonaro chamou a acusação do procurador-geral da República e titular da denúncia formal, Paulo Gonet, de “absurda” e “golpe imaginado”. A defesa ainda insistiu na falta de provas que colocassem o ex-presidente no centro da trama golpista e afirmou que conversas citadas por testemunhas, como o general Freire Gomes, não passaram de “cogitação” ou “brainstorm”.
Os advogados também pediram a anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, contestando, entre outros pontos, a menção a um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a defesa, não houve qualquer ato para romper a ordem democrática e Bolsonaro determinou apenas a transição de governo.