Pressões do governo e da oposição fazem Hugo Motta adiar votação do PL Antifacção
Votação do PL Antifacção será na próxima terça-feira (18); texto busca endurecer combate ao crime organizado e sofreu críticas da Polícia Federal
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu adiar mais uma vez a votação do projeto de lei (PL) Antifacção, em meio a falta de consenso sobre o texto. A nova data é a próxima terça-feira (18).
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A votação da PL 5.582/2025 foi remarcada após um cenário de divergências com o texto apresentado pelo relator, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que nomeou na Câmara o PL de “Marco Legal de Combate ao Crime Organizado”. O projeto foi enviado ao Congresso Nacional pelo Governo do Brasil para endurecer o combate ao crime organizado.
Na última terça-feira (11), a Polícia Federal (PF) criticou as mudanças feitas pelo relator, alegando que o texto restringe o papel da corporação no combate ao crime. “A execução de operações pela Polícia Federal dependeria de solicitação do governo estadual da região investigada, o que constitui um risco real de enfraquecimento no combate ao crime organizado”.
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“Tenho compromisso com o diálogo e trabalho na construção de pontes entre os dois lados políticos, com foco na conciliação de interesses e na aprovação de um projeto que atenda os interesses do país”, afirmou Motta em suas redes sociais nesta quinta-feira (13), sobre o PL Antifacção.
Derrite foi designado relator na última sexta-feira (7). O impasse em torno do projeto ficou mais evidente durante sessão no plenário dessa quarta-feira (12). A pedido do próprio relator, Hugo Motta decidiu pelo adiamento.
Segundo Guilherme Derrite, o adiamento é “o tempo necessário” para entregar um texto que marque “o início de uma reviravolta no combate ao crime organizado no Brasil”.
