Presidente da Coreia do Sul revoga lei marcial após rejeição do Parlamento
Decreto foi derrubado após votação na Assembleia Nacional e pressão interna e externa
O Parlamento da Coreia do Sul votou nesta terça-feira (3) contra a aplicação da lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol, que agora foi derrubada. O tema gerou intenso debate na Assembleia Nacional e pressão sobre o governo após forte repercussão negativa dentro e fora do país.
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O presidente justificou a medida como parte de uma estratégia para “limpar” o país de aliados da Coreia do Norte, mas enfrentou resistência de membros da oposição e de seu próprio gabinete. A decisão de implementar a lei marcial, considerada extrema, causou surpresa entre a população e foi vista como um risco à estabilidade democrática.
Uma votação foi realizada e todos os 190 deputados rejeitaram a lei marcial.
O que é a lei marcial?
A lei marcial é uma medida excepcional que transfere amplos poderes às autoridades militares, substituindo leis civis e impondo restrições severas.
Entre as regras agora em vigor estão a proibição de manifestações políticas, greves e protestos, além do controle sobre meios de comunicação. Médicos em greve foram ordenados a retornar ao trabalho sob pena de punição.

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Essa é a primeira vez que o mecanismo é utilizado desde a redemocratização do país, no final dos anos 1980. A medida, anteriormente associada a períodos de instabilidade nos anos 1960, reacendeu memórias de regimes autoritários.