Líderes dos protestos em Nepal escolhem ex-jurista mulher para liderar governo interino

Sushila Karki foi presidente do Supremo Tribunal de Justiça do país; os protestos em Nepal já deixaram 30 mortos e centenas de feridos

, em Uberlândia

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Os manifestantes da Geração Z que lideram os protestos no Nepal escolheram a ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça do país, Sushila Karki, 71, para liderar o governo interino até novas eleições, após a renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli. Os protestos deixaram ao menos 30 mortos e centenas de feridos, dentre os óbitos está Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhala Nath Khanal.

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Sushila Karki, ex-jurista escolhida por manifestantes para liderar governo interino após protestos em Nepal
Sushila Karki, ex-jurista do Nepal escolhida por manifestantes para liderar governo interino – Créditos: @ronbupdates/X

O líder do movimento, Rakshya Bam, confirmou ao The New York Times a escolha de Sushila Karki para chefiar o governo interino, nesta quarta-feira (10). Segundo o jornal norte-americano, a decisão veio após uma reunião com líderes militares. A ex-jurista também confirmou a informação ao jornal indiano News18, afirmando está pronta para assumir o cargo.

Os protestos em Nepal causaram a destruição de diversos prédios governamentais, como o Parlamento, a Suprema Corte e ministérios dentro do complexo Singha Durbar, a sede do governo.

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Conforme a imprensa local, os protestos começaram na semana passada, quando o governo bloqueou 26 plataformas de redes sociais, alegando que elas não estavam registradas no país. A medida gerou revolta principalmente entre os jovens e adultos. Os protestos ficaram conhecidos como “Gen Z”, em referência à geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).

Nesta quarta-feira (10), soldados se espalharam pela capital do país, Catmandu, impondo calma enquanto os líderes do movimento conversavam com os militares. Agora, o país segue com toque de recolher, a pedido do Exército.

Jogadora de vôlei de Uberlândia presa no Nepal

atleta Ana Flávia Mata Galvão, de Uberlândia, não conseguiu deixar o Nepal após a onda de protestos que tomou as ruas do país. A jogadora de vôlei viajou ao país asiático para disputar um campeonato. Hospedada em Pokhara, Ana Flávia teve o hotel invadido por manifestantes, precisou se esconder e agora enfrenta dificuldades para retornar ao Brasil.

Apesar do susto, Ana Flávia e a equipe do time conseguiram se deslocar para um local seguro e aguardam a retomada da normalidade para retornar ao Brasil, com voo previsto para 15 de setembro.