Entenda os protestos no Nepal que causaram morte de mulher do ex-primeiro-ministro

Esposa do ex-primeiro-ministro do país foi queimada viva; ao menos 19 pessoas foram mortas nos protestos no Nepal

, em Uberlândia

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Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro do Nepal, Jhala Nath Khanal, morreu após ser queimada viva dentro de sua residência em Katmandu, no Nepal, nesta terça-feira (9). Manifestantes atearam fogo na casa em meio a uma onda de protestos populares que deixou ao menos 19 mortos e centenas de feridos no país, segundo informações divulgadas pelo portal nepalês Khabar Hub.

Conforme a imprensa local, os protestos começaram na semana passada, quando o governo bloqueou 26 plataformas de redes sociais, alegando que elas não estavam registradas no país. A medida gerou revolta principalmente entre os jovens e adultos. Os protestos ficaram conhecidos como “Gen Z”, em referência à geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).

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Manifestantes ateiam fogo em prédios do governo – Créditos: Reprodução/X

Entenda os protestos no Nepal

Na segunda-feira (8), manifestantes tentaram invadir o Parlamento na capital do país, Katmandu. Segundo o portal R7, as autoridades policiais usaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e, segundo denúncias da Anistia Internacional, munição letal para dispersar a multidão.

No dia seguinte, os protestos continuaram. O prédio principal do complexo do Parlamento foi invadido e incendiado, assim como diversos outros prédios do governo.

O atual primeiro-ministro do Nepal, KP Sharma Oli, renunciou ao cargo nesta terça-feira (9), pressionado por conta dos protestos. O presidente do país, Ram Chandra Paudel, aceitou a saída do político do poder.

Segundo o jornal The Kathmandu Post, principal veículo da mídia do Nepal, o país fechou todos os aeroportos até o meio-dia da quarta-feira (10), alegando riscos à segurança.

Jogadora de vôlei de Uberlândia presa no Nepal

A atleta Ana Flávia Mata Galvão, de Uberlândia, não conseguiu deixar o Nepal após a onda de protestos que tomou as ruas do país. A jogadora de vôlei viajou ao país asiático para disputar um campeonato, mas acabou surpreendida pelos distúrbios após a renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli e o bloqueio das redes sociais. Hospedada em Pokhara, Ana Flávia teve o hotel invadido por manifestantes, precisou se esconder e agora enfrenta dificuldades para retornar ao Brasil.