Câmara de Uberlândia arquiva pedido de cassação de vereador Antônio Augusto Queijinho (PSDB)

Apenas sete dos vereadores votaram contra o arquivamento do pedido de cassação de Queijinho, na abertura da sessões de outubro na Câmara

, em Uberlândia

-

O pedido de cassação contra o vereador Antonio Augusto Queijinho (PSDB) foi rejeitado pela Câmara Municipal de Uberlândia nesta quarta-feira (1º). O processo político contra o parlamentar, dessa forma, foi arquivado, embora ele tenha feito um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais confessado o crime de peculato.

A votação no legislativo foi simbólica, já que nenhum vereador fez o pedido formal para que a votação fosse nominal e o painel mostrasse como cada um se posicionou.

O vereador Queijinho esteve na Câmara, mas não acompanhou a votação – Crédito: TV Paranaíba

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Apenas sete parlamentares se manifestaram a favor da continuidade do processo de cassação, entre eles Delegada Lia Valechi, Janaina Guimarães, Anderson Lima, Professor Conrado Augusto, Professor Ronaldo, Adriano Zago e Amanda Gondim. Para que processo na casa prosseguisse, seriam necessários 14 votos.

Apesar de estar presente na Câmara antes do início da votação e articular com demais vereadores, Queijinho não ficou no Plenário no momento da leitura da denúncia nem durante a votação. Mesmo com a vitória política, o vereador não falou com a imprensa.

×

Leia Mais

A denúncia

A denúncia havia sido protocolada na semana passada pelo estudante de direito João Vitor Macedo, que acompanhou a sessão na casa legislativa. A acusação contra Queijinho diz respeito a um episódio do início de seu primeiro mandato, ainda em 2021, quando ele admitiu ao Ministério Público ter pedido a assessores que arcassem com despesas do gabinete, prática conhecida como “rachadinha”.

O crime é tipificado como peculato, mas o processo criminal não avançou porque o vereador fez um acordo com a promotoria: confessou a prática, devolveu o dinheiro, pagou multa e, em troca, deixou de ser processado judicialmente. a decisão na esfera penal, porém, não impediu a análise político-administrativa na Câmara.

“A Câmara blindou um vereador que confessou o crime de peculato”, disse o autor do pedido de cassação, João Vitor Macedo.