Quem foi Sérgio Leite, ex-presidente da Usiminas e nome influente da siderurgia brasileira
Engenheiro metalúrgico de formação, executivo trabalhou na Usiminas por 49 anos, onde foi presidente entre 2016 e 2022
Morreu nesta segunda-feira (14), Sérgio Leite de Andrade, de 71 anos, ex-presidente da Usiminas. Ele foi encontrado morto no condomínio onde morava, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A causa da morte ainda não foi informada. O velório será realizado nesta terça-feira (25), a partir das 12h, no cemitério Bosque da Esperança. O sepultamento acontece às 16h.

Com quase 50 anos de Usiminas, Sérgio Leite ocupava o cargo de vice-presidente de Assuntos Estratégicos. Formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele também era presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e integrava o Conselho Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Também ocupou cargos de lideranças em entidades como a Sociedade Mineiras de Engenheiros, e fóruns internacionais como o International Iron and Steel Institute (IISI) e o projeto ULSAB/World Steel Association.
Sérgio Leite era mestre em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e auditor de qualidade pela American Society for Quality e pela Associação Brasileira de Controle de Qualidade. Em maio, também havia assumido o posto de presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais de Mineração (ABM). Em sua carreira, publicou mais de 60 trabalhos técnicos e realizou mais de 300 palestras.
A carreira de Sérgio Leite na Usiminas
Sérgio Leite entrou na Usiminas no ano de 1976, como engenheiro pesquisador, quando havia acabado de se formar. Ao longo de sua carreira dentro da empresa, ocupou 15 cargos executivos. Foi diretor-presidente entre os anos de 2016 e maio de 2022, momento de crise no econômica para siderúrgica, que teve de fechar as operações de sua usina de aço em Cubatão (SP). Também esteve à frente da empresa durante a explosão do gasômetro de Ipatinga, em 2018.
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“Sergio deixa um legado de compromisso, competência e uma total dedicação às pessoas da Usiminas e às comunidades onde atuou, começando por Ipatinga, em Minas Gerais. Agradeço imensamente por tudo que aprendi com ele”, declarou o atual presidente da Usiminas, Marcelo Chara.
Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, também lamentou a morte de Sérgio Leite, em nota. “Sérgio foi uma das principais lideranças da indústria brasileira. Seu compromisso com o setor, sua capacidade de diálogo e sua atuação técnica deixaram um legado que ultrapassa as fronteiras da siderurgia. É uma perda irreparável para todos nós”, afirmou.
Veja a nota na íntegra da Usiminas
“Com profundo pesar, comunicamos a perda de Sergio Leite de Andrade, ocorrida nesta segunda-feira, 14 de julho, em Belo Horizonte (MG).
Sergio ingressou na Usiminas em 1976 e, desde o início de sua trajetória como jovem pesquisador e engenheiro, dedicou-se integralmente à companhia e à indústria do aço. Presidiu a Usiminas de 2016 a 2022 e atuava como vice-presidente de Assuntos Estratégicos da companhia. Muito relevante sua trajetória institucional, atualmente era presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e membro do Conselho Estratégico da Fiemg, sendo reconhecido por sua atuação ética, respeitosa e por sua visão estratégica.
O presidente da Usiminas Marcelo Chara, que trabalhou com Sergio desde 2012, declarou: “Sergio deixa um legado de compromisso, competência e uma total dedicação às pessoas da Usiminas e às comunidades onde atuou, começando por Ipatinga, em Minas Gerais. Agradeço imensamente por tudo que aprendi com ele.”