Quem foi Gilsinho, voz da Portela e da Tom Maior, que morreu aos 55 anos

Cantor estava internado no Rio de Janeiro após complicações de uma cirurgia bariátrica

, em Uberlândia

O intérprete das escolas de samba Portela e Tom Maior, Gilsinho, morreu nesta terça-feira (30), aos 55 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações após uma cirurgia bariátrica. A informação foi confirmada pela Portela nas redes sociais.

Gilsinho foi intérprete da Portela e da Tom Maior; cantor morreu aos 55 anos no Rio de Janeiro – Crédito: Reprodução/Redes Sociais

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Ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Cardoso Fontes, na zona sudoeste da capital fluminense. Considerado uma das grandes vozes do Carnaval brasileiro, Gilsinho dividia a carreira entre os desfiles do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Quem foi o artista

Nascido no Rio de Janeiro em 1970, Gilson da Conceição — conhecido no mundo do samba como Gilsinho — cresceu em meio à música, sendo filho do instrumentista Jorge do Violão e primo do intérprete Luizinho Andanças. Além da forte ligação com a Portela, o cantor também marcou presença no Carnaval paulista, defendendo a escola de samba Tom Maior.

Reconhecido pelo talento e pela voz potente, Gilsinho conquistou por três vezes o prêmio Estandarte de Ouro, em 2012, 2019 e 2022, sempre representando a Portela. Na agremiação de Madureira, ficou eternizado pelo grito de guerra “Vai na ginga, Portela”.

Em São Paulo, também teve passagens por outras grandes escolas do Carnaval, entre elas Barroca Zona Sul, Vila Maria e Vai-Vai, consolidando sua trajetória como um dos intérpretes mais respeitados do país.

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O cantor atuou na Portela entre 2006 e 2013 e retornou à escola em 2016. Desde 2022, comandava o carro de som da Tom Maior. No Carnaval paulista, também teve passagens por escolas como Vai-Vai, Barroca Zona Sul e Vila Maria.

A Portela decretou luto oficial de três dias e descreveu o intérprete como “alma portelense”. “Sua voz embalou momentos inesquecíveis, emocionou gerações e marcou profundamente o Carnaval do Brasil. Ele representou com maestria a nossa tradição, levando o nome da Portela com respeito, talento e paixão”, disse a agremiação em nota.

A Tom Maior também prestou homenagem: “Hoje o microfone se cala, mas o céu se abre para receber o mais lindo intérprete”.