Quem era Leandro Ferreira, o homem de Patrocínio que morreu afogado na Bahia

O clima é de comoção no Alto Paranaíba nesta terça-feira (29), com a chegada do corpo de Leandro César Ferreira, de 33 anos, homem de Patrocínio que morreu afogado na Bahia no último fim de semana. Agrônomo, corretor de imóveis e escritor, Leandro César foi encontrado sem vida na manhã de domingo (27), na Praia de Aibim, no município de Maraú, onde estava hospedado a trabalho.

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De acordo com informações da Polícia Civil da Bahia, não há indícios de crime. O corpo foi localizado após amigos e o dono da pousada onde ele estava hospedado, em Piracanga, se mobilizarem para procurá-lo. A autópsia apontou afogamento como causa da morte.

O corpo de Leandro César saiu da Bahia na segunda-feira (28), por volta de 12h, e deve chegar em Patrocínio nesta terça, às 14h. O velório acontece no mesmo dia, a partir das 14h30, e o sepultamento está previsto para as 16h, no Cemitério Municipal de Patrocínio.

Uma trajetória marcada por laços familiares e amor à escrita

Leandro César era filho de Luiz Donizete Ferreira, produtor rural e também corretor de imóveis. Pai e filho trabalhavam juntos tanto na fazenda quanto na imobiliária da família. Segundo o pai, os dois eram mais do que parceiros profissionais. “Éramos grudados demais, era como se fôssemos mais que pai e filho”, contou, emocionado.

A última viagem de Leandro César foi para tentar fechar um negócio envolvendo um imóvel na Bahia, região que ele já havia visitado mais de cinco vezes. Ele saiu de Patrocínio na última terça-feira (22), de carro, e manteve contato constante com o pai. “Ele me mandou uma mensagem dizendo que estava indo para a praia”, disse Luiz Donizete.

Quando Leandro César parou de responder, o pai pediu a um amigo e ao dono da pousada, que o procurassem. A busca começou ainda no sábado à noite. Na manhã de domingo, o corpo foi encontrado na praia. A perícia foi acionada e confirmou o afogamento.

Sonho interrompido: o lançamento do livro “Marcas da Lei”

Além da atuação como agrônomo e corretor, Leandro César também era escritor. Ele havia finalizado recentemente o livro “Marcas da Lei”, que estava prestes a ser lançado. “O livro está pronto. Vamos organizar tudo para publicar as ideias dele, tenho que passar isso pra frente”, disse o pai, reforçando a importância de manter viva a memória e os sonhos do filho.

O corretor morava com os pais e um dos irmãos. O outro irmão vive em Monte Carmelo. A notícia da morte abalou não apenas a família, mas também amigos e colegas de trabalho, que lembram dele como uma pessoa generosa, inteligente e muito querida por todos. “Ele era meu companheiro, me ajudava muito. Quero me lembrar dele vivo”, desabafou Luiz Donizete.