Morre Ronan Tito, ex-senador da República
Ex-senador, mineiro de Pratinha teve trajetória marcada pela defesa da democracia e presença ativa na vida pública
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Faleceu na noite desta quinta-feira (10), em Belo Horizonte, o ex-senador e ex-deputado federal Ronan Tito de Almeida, aos 93 anos.
Tito era viúvo de Laís Sampaio de Almeida, com quem teve três filhos: André, Marisa e Pedro Tito. O ex-político teve Alzheimer em estágio avançado e estava internado em UTI após fraturar o fêmur em uma queda.
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Mineiro de Pratinha, Ronan Tito teve longa trajetória na vida pública e empresarial. Ingressou na política pelo MDB em 1972, foi eleito deputado federal em 1978 e reeleito em 1982. No Congresso Nacional, assumiu o cargo de senador da República entre 1984 e 1987, durante a transição democrática que culminou na eleição indireta de Tancredo Neves à Presidência.
No Senado, liderou a bancada do PMDB e teve papel ativo na regulamentação da Constituição de 1988.
Entre suas iniciativas legislativas, destaca-se o projeto que originou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a coautoria do Código de Defesa do Contribuinte.
Além do Legislativo, Ronan também ocupou o cargo de Secretário Estadual de Trabalho e Ação Social nos governos Tancredo Neves e Hélio Garcia. Em 1990, foi candidato ao governo de Minas Gerais, mas não foi eleito.
Fora da política, teve forte atuação no setor empresarial e na comunicação. Foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (1968–1969), vice-presidente da FIEMG (1970–1972), membro do Conselho Curador da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Filho de Edmar Tito de Almeida e Aurora Pereira de Almeida, Ronan teve origem humilde. Trabalhou como cobrador, caminhoneiro, comerciário e valete no Grande Hotel de Araxá antes de se tornar fazendeiro e empresário. Iniciou o curso de Economia na UFU, mas não concluiu.
O velório e sepultamento ocorrerão em Belo Horizonte, onde receberá as últimas homenagens.
