Família se despede de Renata Miranda em Uberlândia e pede justiça por feminicídio

Supervisora de vendas de 43 anos foi morta a facadas em pensionato; suspeito, preso em flagrante, teria motivação passional

, em Uberlândia

O corpo de Renata Miranda, de 43 anos, foi velado nesta sexta-feira (18) no Cemitério Parque dos Buritis, em Uberlândia, em uma cerimônia marcada por comoção e pedidos de justiça. A supervisora de vendas foi morta a facadas na madrugada de quarta-feira (16) em um pensionato no Centro de Curitiba, onde morava havia quatro meses.

Renata Miranda, vítima
Uberlandense vítima de feminicídio em Curitiba era gerente de lojas e é lembrada por familiares como uma mulher alegre e generosa – Crédito: Redes Sociais/Reprodução

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Renata foi atacada no quarto em que vivia. O suspeito, um homem de 50 anos que morava ao lado dela, foi preso em flagrante após tentar tirar a própria vida. Segundo a Polícia Civil do Paraná, o caso é investigado como feminicídio motivado por um amor não correspondido.

“Ela era alegre e cheia de sonhos”

Em entrevista à TV Paranaíba, a sobrinha de Renata, Thaís Miranda – emocionada – pediu justiça. “Queremos que tudo seja esclarecido. Ela era alegre, não tinha problemas com ninguém, e nunca esperávamos algo assim”, disse.

Thaís descreveu a tia como “desbravadora e talentosa”, que sonhava em viajar e viver novas experiências. Renata havia se separado recentemente de um relacionamento longo e estava focada em seus próprios sonhos. “Ela queria viver a vida dela, por isso não tinha relacionamento com ninguém. Isso tudo é uma surpresa negativa muito grande para todos nós”, lamentou.

Crime passional e prints que reforçam rejeição

Investigadores acreditam que o crime tenha sido motivado por uma paixão não correspondida. Prints de conversas entre o suspeito e uma amiga em comum mostram que Renata nunca demonstrou interesse por ele. O homem chegou a admitir que gostava dela, mas dizia não querer alimentar esse sentimento.

Após o ataque, o suspeito tentou se matar, mas foi detido em frente ao pensionato e levado para um hospital sob escolta policial.

Últimos momentos e apelo da família

Segundo relatos da família, a notícia do crime chegou por meio de uma ligação da dona do pensionato para o cunhado de Renata. “Ela disse que houve uma briga e que minha tia tinha sido esfaqueada e morta. É algo que não dá para acreditar”, contou Thaís.

A família também faz um apelo para recuperar o celular da vítima, que desapareceu após o crime. “Tem muito valor sentimental, com fotos e lembranças que queremos guardar”, pediu a sobrinha.

O sepultamento está marcado para a manhã de sábado (19). “Renata deixa um vazio enorme em nossas vidas. Queremos justiça”, finalizou Thaís.