Um terremoto de magnitude 7,4 atingiu a Antofagasta, no Chile, na noite desta quinta-feira (18), por volta das 22h50, no horário de Brasília.
O epicentro dos tremores aconteceu em uma região próxima ao deserto do Atacama, na fronteira com Bolívia e Argentina, que fica a 1.630 km da capital Santiago.
Segundo o Centro de Sismologia da USP, o terremoto teve profundidade aproximada de 115 km.
Alerta de tsunami foi descartado pelo serviço hidrográfico chileno, afirmando que o tremor não reúne condições necessárias para gerar ondas gigantes.
Gabriel Boric, o presidente do Chile, publicou na rede social X, que ocorreu um terremoto de média intensidade e que, até o momento, não havia informações de danos ou de pessoas feridas.
Ele também publicou que houve deslizamentos de terra em alguns locais e queda de energia. Boric afirmou que as equipes de socorro estavam se dirigindo ao local “para avaliação e tomada de medidas necessárias”.
Impactos do terremoto em Uberlândia
Os impactos do terremoto no Chile foram sentidos em Uberlândia na madrugada desta sexta-feira (19). Segundo a Defesa Civil, um prédio do bairro Tibery foi evacuado após os tremores.
Após vistoria, não foi constatado nenhum dano estrutural. Os moradores então foram orientados a retornar para os apartamentos de forma segura.
Outros residenciais em bairros como Santa Mônica e Segismundo Pereira também sentiram tremores por cerca de três minutos.
Segundo os moradores, eles ouviram estalos altos e fora do comum, por isso se assustaram.
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UFU emite nota técnica sobre tremores de terra em Uberlândia
Nota técnica
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) emitiu no início da manhã uma nota técnica informando que, no Brasil, a ocorrência de abalos sísmicos de grande intensidade é rara, no entanto, ainda podem ser percebidos.
Assinada pelo professor da UFU e Dr. em Geografia, Paulo Cezar Mendes, o informe relata que esses abalos secundários são conhecidos como “reflexos” gerados pelo avanço das ondas sísmicas desencadeadas pela energia liberada durante acomodação abrupta do substrato rochoso no hipocentro do terremoto.
A população que habita em prédios, especialmente os mais altos, percebe com mais precisão esse tipo de evento, pois os mesmos tendem a balançar freneticamente com a passagem das ondas sísmicas.
Impactos do terremoto em SP
Os tremores também foram sentidos na capital paulista. Segundo o Centro de Sismologia da USP, a maior parte dos relatos são de sismonautas na cidade de São Paulo.
A capital está localizada sobre uma bacia sedimentar que possui a característica de amplificar ondas sísmicas. A nota ainda diz que os tremores podem ser sentidos principalmente em bairros mais altos e também por moradores de prédios.