Suzane von Richthofen, que foi condenada a 40 anos de prisão por matar os próprios pais, em 2002, chama a atenção da mídia a cada passo que dá na nova vida, após ter sido liberta em 2023.
Nesta segunda-feira (10), o nome da mulher voltou a circular na internet, isso porque no último domingo (9), ela prestou um concurso público para ingressar no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
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Richthofen ainda cursa a faculdade de direito em Bragança Paulista (SP), logo precisou se inscrever para o cargo de escrevente, destinado a candidatos com ensino médio completo. O cargo tem salário de R$ 6.043.
A prova foi realizada em Campinas, a cerca de 64 km de Bragança Paulista. No entanto, mesmo que Suzane seja aprovada, a posse no cargo não é garantida, pois é necessário apresentar um atestado de antecedentes criminais.
Candidatos com condenações criminais podem ser desclassificados, dependendo da gravidade do crime. Suzane ainda poderia recorrer judicialmente, caso seja barrada pela sua ficha criminal.
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Relembre que é Suzane von Richthofen
Suzane Louise Magnani Muniz, ex Suzane Louise von Richthofen, nasceu em 3 de novembro de 1983, em São Paulo. É uma figura que se tornou conhecida no Brasil por um dos crimes mais chocantes da história recente do país.
Em 31 de outubro de 2002, seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, foram brutalmente assassinados em sua própria casa, no bairro do Brooklin, em São Paulo. Suzane, na época com 19 anos, planejou e executou o crime com seus namorados, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
O crime, inicialmente disfarçado como latrocínio, foi posteriormente revelado como um homicídio premeditado e ela e os irmãos foram condenados por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por alterarem a cena do crime.
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A vida antes e depois do crime
Antes do crime, Suzane era vista como uma jovem de classe média alta, estudante universitária e aparentemente com uma vida comum. Após o crime, sua vida foi radicalmente transformada.
Condenada a 40 anos de prisão, Suzane passou por diversas etapas do regime penitenciário, até ser liberta definitivamente em 2023.
Atualmente, Suzane vive em regime aberto e trabalha com artesanato no próprio ateliê de costura. Casou-se em dezembro de 2023 e deu à luz a um filho no início de 2024 e vem tentando se reincorporar à sociedade.
Apesar de ter sido solta, a relação com o crime a acompanha. O caso continua sendo objeto de debates e análises e Suzane permanece como um dos nomes mais associados a crimes bárbaros no Brasil e constantemente relembrada.
