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Bronquiolite: síndrome respiratória que aumenta com as baixas temperaturas

Infecção é causada por um vírus respiratório e é mais comum em bebês com menos de 2 anos

27/06/2024 ÀS 17H30

- Atualizado Há 6 dias atrás

Bronquiolite é a inflamação dos bronquíolos, a parte mais estreita das vias aéreas. É causada por um vírus respiratório, como o vírus sincicial respiratório (VSR) ou o rinovírus, por exemplo.

A chegada de estações com temperaturas mais baixas aumenta a incidência desse tipo de infecção. Isso acontece porque as condições climáticas e comportamentais tendem a contribuir para a circulação desses patógenos.

A bronquiolite é mais comum em bebês com menos de 2 anos e, em alguns casos, pode ser grave.

Quais são os sintomas da bronquiolite?

Geralmente, a bronquiolite começa parecida com um resfriado, porém, os sintomas tendem a piorar até o 3° ou 4° dia após o início. Os principais sintomas são:

  • Nariz escorrendo ou entupido
  • Febre
  • Tosse
  • Irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Diminuição do apetite
  • Chiado no peito
  • Dificuldade para dormir
A doença é mais comum em bebês com menos de 2 anos.
Bronquiolite é causada por um vírus respiratório, frequentemente o sincicial respiratório (VSR). – Foto: Freepik

Como a bronquiolite se diferencia de outras doenças respiratórias?

A infectologista Julia Barbosa Silva explica que, diferente de outras síndromes respiratórias, a inflamação ataca os brônquios menores e acomete com muita frequência bebês pequenos.

Os sintomas iniciais são parecidos com os de outras doenças, mas respiração rápida, com ou sem insuficiência respiratória, sibilos (ruído de assobio produzido pelo movimento do ar) e expiração prolongada são sinais de alerta, ressalta a infectologista.

A transmissão da síndrome acontece através do contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas, superfícies ou objetos contaminados.

Julia ressalta que a prevenção ocorre pelo uso de máscara ao apresentar sintomas e pela higienização das mãos.

A bronquiolite pode trazer complicações?

A infectologista explica que as complicações agudas, geralmente, são as pneumopatias respiratórias (doenças que afetam os pulmões), além de infecções e complicações cardiovasculares.

São mais frequentes em pacientes prematuros, crianças com alterações cardíacas congênitas e crianças com outras anomalias congênitas.

A médica reforça que deve-se incentivar o aleitamento materno e evitar tabagismo passivo, pois pacientes que convivem com tabagistas têm maior risco de desenvolver bronquiolite.

Bebês em estágio inicial da amamentação ou em déficit da mesma, principalmente prematuros, crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatas representam os grupos de maior risco para desenvolver infecção respiratória mais grave, além do baixo peso ao nascimento, desnutrição, idade materna jovem e amamentação deficitária.

Como a bronquiolite é tratada?

O diagnóstico é feito pelo pediatra, e em casos em que os sintomas são mais intensos, exames como raio-x de tórax e hemograma podem ser solicitados.

O tratamento da infecção é feito com medicação, lavagem nasal e aspiração das secreções. É importante também manter o bebê hidratado com leite e água.

Em casos mais graves, o tratamento precisa ser feito no hospital.

O vírus que provoca a bronquiolite é eliminado pelo organismo após 2 ou 3 semanas. Não existe medicação específica para eliminá-lo.

Mãe relata bronquiolite nos dois bebês

Moradora de Uberlândia, Vanessa Randt é mãe de duas crianças e relata ter vivido a doença com os dois filhos.

“A Emanuele estava com 4 meses e o Henrique estava com praticamente 6 meses,” conta Vanessa. Ela relata que, quando apenas o nariz estava congestionado, aparentava ser um quadro gripal.

Mas ao colocar o ouvido nas costas deles, o peito chiava e as crianças também começaram a ter dificuldades para respirar.

“Eu, em particular, fiquei muito preocupada por ser uma doença respiratória. Tanto eu quanto meu esposo seguimos rigorosamente as orientações do pediatra,” explica Vanessa Randt.

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