O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu, na noite desta sexta-feira (6), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após denúncias de assédio sexual.
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A decisão foi confirmada por meio de uma nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, que indicou a gravidade das acusações e considerou a permanência de Almeida no cargo insustentável.
As denúncias vieram à tona na quinta-feira (5), quando o portal de notícias Metrópoles divulgou relatos de supostas vítimas, que teriam sido assediadas pelo ministro.
A organização Me Too Brasil confirmou as alegações e informou que havia prestado apoio às mulheres envolvidas. Em nota, a entidade destacou as dificuldades enfrentadas pelas vítimas em denunciar figuras de poder e a importância de validar suas vozes.
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Entre as supostas vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Até o momento, Anielle não se pronunciou publicamente sobre o caso.
Horas após a publicação das denúncias, Almeida foi convocado ao Palácio do Planalto para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.
Silvio Almeida será investigado pela Polícia Federal
A Polícia Federal abriu de ofício um protocolo de investigação para apurar as denúncias, enquanto a Comissão de Ética Pública da Presidência da República também deu início a um procedimento preliminar.
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou que o governo federal reconhece a seriedade das acusações e está tratando o caso com rigor e celeridade.
Quem é Silvio Almeida?
Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania em janeiro de 2023. Advogado, professor e intelectual renomado, ele se destacou por sua atuação na área de combate ao racismo. Ele também foi relator da comissão de juristas que propôs melhorias na legislação de combate ao racismo institucional em 2021.
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Em meio à repercussão das denúncias, o Ministério das Mulheres emitiu uma nota classificando as alegações como “graves” e expressou solidariedade às vítimas. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Anielle Franco, reforçando que toda violência contra a mulher deve ser investigada.