Salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025 segundo projeção
Aumento de 7,7% representa um acréscimo de R$ 109, mas especialistas apontam que o valor ainda está distante das necessidades básicas de uma família
Uma projeção divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aponta que o salário mínimo poderá atingir R$ 1.521 em 2025, caso seja confirmada a aplicação da política de valorização permanente do governo Lula.
Se confirmada, essa estimativa representaria um aumento de 7,7% em relação ao valor de 2024, atualmente fixado em R$ 1.412, o que resultaria em um acréscimo de R$ 109 mensais para o trabalhador.
As estimativas utilizadas para o cálculo do salário mínimo de 2025 foram divulgadas na última segunda-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Essas estimativas são parte da aplicação da política permanente de valorização do salário mínimo proposta pelo governo Lula, com base na inflação e no crescimento do PIB.
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A valorização do salário mínimo
Em 2023, o governo Lula instituiu uma nova política de reajuste do salário mínimo, baseada em um índice que combina a inflação do ano anterior e a variação do PIB dos dois anos anteriores.
O reajuste beneficia não apenas os trabalhadores com carteira assinada, mas também impacta benefícios do INSS, como aposentadorias e seguro-desemprego, além de programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
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No entanto, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que, mesmo com a valorização, o salário mínimo ainda está abaixo das necessidades básicas de uma família de quatro pessoas.
Em outubro de 2024, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para cobrir despesas essenciais seria de R$ 6.769,87, mais de cinco vezes superior ao valor atual do piso nacional, evidenciando a dificuldade em atender às necessidades de uma família com o valor atual do salário mínimo.
Essa discrepância mostra que, apesar dos avanços promovidos pela política de valorização, muitos trabalhadores ainda enfrentam desafios financeiros significativos.
