Remissão do câncer se refere ao desaparecimento de sinais e sintomas da doença após o tratamento, a ponto de não serem detectados por exames de imagem, como tomografias, ressonância, entre outros.
Em entrevista ao Portal Paranaíba Mais, Pedro Fonseca Ferreira, médico oncologista clínico do grupo Oncoclínicas em Uberlândia e do HC-UFU, explica que diferentes fatores determinam se um paciente está em remissão.
“No contexto de doença curativa, por exemplo, ao término daqueles tratamentos recomendados para aumentar a chance de cura, seja cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou imunoterapia, dizemos que o paciente não tem doença detectável pelos métodos de avaliação hoje disponíveis, e a partir daí, ele inicia um período de acompanhamento, geralmente por 5 anos, para que, no caso de haver alguma recorrência, isso seja detectado de forma precoce e que possamos rediscutir tratamentos e o plano de cuidados”, conta o oncologista.
“Já no cenário de um paciente que tenha uma doença avançada/incurável do ponto de vista técnico, quando os exames laboratoriais e de imagem não mais conseguem identificar os focos de doença anteriormente documentados, dizemos que o paciente está em remissão”, detalha Pedro.
O médico ainda ressalta a importância de manter acompanhamento regular para que, em caso de remissão do câncer, o diagnóstico seja precoce. “Geralmente, os pacientes não apresentam qualquer sintoma, sobretudo em uma fase inicial de recorrência da doença, quando, em regra geral, temos poucas áreas ou órgãos envolvidos por essa doença. Daí a importância de manter seguimento oncológico regular, ainda que os pacientes já tenham completado a fase ativa de tratamento”, explica.
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Não é possível apontar quais os tipos de câncer podem voltar, mas Pedro Fonseca explica que alguns casos possuem características que vão precisar de mais atenção.
“Existem algumas doenças que têm comportamento biológico mais agressivo e, por isso, devem ter acompanhamento oncológico regular com consultas mais frequentes. Isso será definido com o oncologista responsável. Há, ainda, aqueles pacientes cuja doença é detectada com maior risco, relacionado ao seu crescimento, como na doença localmente avançada, ou seja, quando o tumor inicial já tem grandes dimensões ou quando há o envolvimento de estruturas da proximidade, como linfonodos, órgãos circunjacentes ou invasão de vasos e nervos”, conclui.
Entenda o caso de remissão do câncer de Preta Gil
A cantora, que recebeu o diagnóstico de câncer no intestino em janeiro de 2023, anunciou o fim do tratamento em dezembro após um procedimento para reconstrução de parte do trato intestinal.
No entanto, no último domingo (25), Preta Gil usou as redes sociais para falar sobre a retomada do tratamento contra o câncer. A doença voltou em quatro lugares diferentes durante o período de remissão do câncer. Ela está com dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter.
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