Quem é o Marcola, líder de facção criminosa que pediu R$ 74 mil de indenização após vazamento de vídeos íntimos

Líder de uma das maiores organizações criminosas do Brasil, começou sua jornada no crime muito jovem com pequenos crimes

, em Uberlândia
03/09/2024 ÀS 13H34
- Atualizado Há 2 semanas atrás

Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, é uma figura associada ao crime organizado no Brasil, especialmente ligado à maior facção criminosa do país. 

Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, acionou a União em busca de uma indenização de R$ 74 mil.
Música, fé e solidariedade: Cassiane dá o pontapé inicial em programação gratuita do Camaru – Foto: Polícia Federal/Divulgação

Marcola e o início no crime

Marcola nasceu em Osasco, São Paulo, em 1968. Sua trajetória criminosa começou ainda jovem, com envolvimento em pequenos delitos. Com o tempo, ele ascendeu dentro do grupo criminoso de maior destaque no país e se tornou importante na estrutura da organização.

A acusação de que Marcola seria o líder máximo da facção é recorrente, porém, ele sempre negou formalmente essa informação. A própria facção, por sua vez, adota uma estrutura descentralizada, dificultando a identificação de um único líder.

As acusações e prisão de Marcola

Marcola é alvo de inúmeras acusações, entre elas:

  • Comando de organização criminosa: é acusado de comandar a maior facção criminosa do país, ordenando diversos crimes, como tráfico de drogas, assaltos a bancos e homicídios.
  • Lavagem de dinheiro: é investigado por movimentar grande quantidade de dinheiro provenientes de atividades ilícitas;
  • Corrupção: há acusações de que Marcola teria relações com agentes públicos, com o objetivo de obter benefícios para a organização criminosa.

Diante dessas acusações, Marcola está preso em regime fechado, cumprindo diversas penas. Sua prisão é considerada de alta segurança, com constantes medidas para evitar que ele mantenha contato com o mundo exterior e continue comandando o PCC.

Pedido de indenização milionária

Marcola acionou a União em busca de uma indenização de R$ 74 mil, depois do vazamento de vídeos e áudios de conversas privadas que ele manteve com familiares, incluindo seu filho adolescente, em um local reservado na Penitenciária Federal de Brasília.

O episódio aconteceu em novembro de 2021 e janeiro de 2022, quando as conversas foram gravadas durante as visitas. Porém, os registros só vieram à tona em agosto de 2022, quando foram amplamente divulgados pela mídia.

A defesa de Marcola entrou com o pedido de compensação em novembro do ano passado, alegando violação à privacidade e à dignidade do detento e de seus familiares. Contudo, menos de um mês depois, o próprio Marcola decidiu retirar a ação, antes mesmo que a Justiça Federal tivesse a oportunidade de avaliar o caso.

No pedido judicial, o advogado de Marcola argumentou que a divulgação das conversas, que não envolviam questões criminais, representava um desrespeito grave à intimidade da família e comprometia a credibilidade do sistema de Justiça.

Ele também ressaltou que os diálogos entre Marcola e uma de suas defensoras foram igualmente expostos, o que, segundo ele, configuraria uma violação dos princípios constitucionais e do Estado Democrático de Direito.

A defesa ainda apontou que Marcola enfrenta restrições severas durante as visitas, como a proibição de abraçar seus familiares e a impossibilidade de manter contato com seu irmão, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, conhecido como Marcolinha, também detido na Penitenciária Federal de Brasília.

Além disso, o advogado denunciou que a qualidade da comida servida ao detento seria precária, causando-lhe danos físicos, como perda significativa de peso.

O pedido de indenização visava a reparação pelos danos morais sofridos, estipulados em um valor mínimo de R$ 74 mil. No entanto, a ação foi retirada antes que qualquer decisão pudesse ser tomada.

Por sua vez, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), órgão responsável pela administração das penitenciárias federais, negou as alegações relacionadas à alimentação, afirmando que as refeições servidas aos presos são adequadas, testadas, balanceadas e preparadas com o devido cuidado, conforme as normas estabelecidas para o tratamento de detentos.

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