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Quem é o ex-presidente da Câmara de BH denunciado por agressão a ex-mulher

Figura pública na capital mineira, ex-vereador tem um histórico marcado por escândalos e acusações; agora ele é novamente alvo, mas desta vez por violência doméstica

04/07/2024 ÀS 14H19

- Atualizado Há 3 dias atrás

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte (MG), Wellington Magalhães, é acusado de suposta agressão pela ex-mulher e, na última segunda-feira (1º), foi orientado pela Justiça a sair da casa em que morava com ela, em BH, por meio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Magalhães, devido ao longo período que esteve à frente do cargo de vereador na capital mineira, tornou-se uma figura pública reconhecida e chegou a ser influente no Legislativo.

A trajetória de Wellington Magalhães é marcada por altos e baixos, desde sua ascensão até a cassação do mandato e condenação por crimes graves. As recentes acusações de violência doméstica acrescentam mais um capítulo à história controversa do ex-vereador.

Wellington Magalhães foi vereador e presidente da Câmara do Legislativo de Belo Horizonte - Foto: R7/ Reprodução
Wellington Magalhães já foi vereador e presidente da Câmara do Legislativo de Belo Horizonte – Foto: R7/ Reprodução

Ascensão e influência

Wellington Gonçalves de Magalhães nasceu em Belo Horizonte, em 1966, e iniciou a vida política em 2005, quando foi eleito vereador, o qual manteve o cargo por três mandatos, entre os anos de 2005 e 2019.

  • 2005-2019: Eleito vereador por três mandatos consecutivos, Magalhães se tornou uma figura pública conhecida em Belo Horizonte.
  • 2015-2016: Ocupou o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Durante esse meio tempo, Magalhães também ocupou o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, entre 2015 e 2016.

Controvérsias e Escândalos

A atuação de Wellington na presidência da Câmara de BH marcou seu nome na Justiça nos anos posteriores.

Em 2016, a operação “Santo de Casa” investigou a prática de crimes contra a Administração Pública, como fraude em licitações públicas, corrupção passiva e ativa, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro, envolvendo contratações irregulares de serviços de publicidade pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Segundo os promotores de Justiça, o presidente da Câmara, cargo ocupado por Magalhães, era suspeito de lavar o dinheiro recebido de propina por meio de contratos fictícios com empresas de sua confiança.

Um ano depois, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou Wellington Magalhães e outras pessoas por crimes como organização criminosa e lavagem de dinheiro, suspeitos de fraudar licitações de publicidade da câmara, na época. Os prejuízos aos cofres públicos ultrapassavam os R$ 30 milhões.

Já em 2018, o ex-vereador foi preso preventivamente pela primeira vez, na operação “Sordium Publicae”, devido às acusações de corrupção, e foi afastado do cargo, mas conseguiu o direito de responder ao processo em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica. No ano seguinte, teve finalmente o cargo cassado pela câmara e pelo MP, após quase um ano.

Com o processo correndo, em novembro de 2022, foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, por crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude e concussão. Apesar da condenação, ele recorre da decisão em liberdade e o processo continua em andamento.

Cronologia

  • 2016: Operação “Santo de Casa” investiga crimes contra a Administração Pública na Câmara Municipal, incluindo Magalhães.
  • 2017: MPMG denuncia Magalhães por organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em licitações, com prejuízo de R$ 30 milhões aos cofres públicos.
  • 2018: Magalhães é preso preventivamente por corrupção e afastado do cargo, mas responde em prisão domiciliar.
  • 2019: Cassação do mandato por crimes relacionados à “Santo de Casa”.
  • 2022: Condenado a 31 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude e concussão.
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Novas Acusações

Em 2024, o nome de Magalhães volta a ser citado, mas em novas acusações. O ex-presidente da Câmara de Vereadores de BH, foi denunciado por agressão e ameaça pela ex-mulher Kelly Maciel Pinto, em abril.

A Polícia Civil confirmou a presença de marcas roxas pelo corpo de Kelly, corroborando as alegações de ameaça à integridade física. Magalhães nega as acusações.

Kelly e Magalhães foram casados ​​por dez anos e estavam separados há seis, desde que ambos foram presos em 2018 por envolvimento em um esquema milionário de desvio de dinheiro público.

Magalhães, por meio de sua advogada Micheline de Abreu Peixoto, negou as agressões e expressou tristeza pela exposição pública dos fatos, alegando que a ex-mulher busca prejudicar sua imagem e alterar questões judiciais já decididas. Ele também afirmou estar tomando medidas legais contra ataques nas redes sociais promovidas pela ex.

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