Servidores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) fazem um ato de protesto na manhã desta terça-feira (11) em Uberlândia. Em reivindicação, as portarias do campus Santa Mônica foram fechadas.
A manifestação na UFU ocorre no mesmo dia em que está agendada uma visita do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio de Almeida, na instituição.
No local, há docentes, técnicos-administrativos e apoiadores ao movimento de greve dos servidores. Os manifestantes usam faixas para reivindicar reajustes salariais.
O movimento também solicita um momento para apresentar as reivindicações ao ministro e que ele as repasse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As entradas de veículos estão interditadas, o que também impossibilitou o funcionamento do transporte dos ônibus intercampi no início da manhã.
No entanto, segundo informações da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu-SS), o transporte dos alunos, o transporte de alimentos e os veículos de infraestrutura para o evento do Ministro Silvio Almeida estão funcionando e sendo garantidos com o monitoramento dos grevistas.
Apenas o veículo adaptado com os requisitos de acessibilidade dos estudantes com deficiência não está funcionando. Estes estão sendo alocados pelos carros do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos (SINTE-UFU).
Segundo a Pró-reitoria de Assistência Estudantil (PROAE), o funcionamento do Restaurante Universitário segue normalmente.
O que os servidores da UFU reivindicam?
Os técnicos administrativos em educação da UFU estão em greve desde o dia 18 de março.
Representantes do movimento grevista afirmam que a categoria não obteve reajustes no período entre 2015 e 2023, sendo que o valor concedido pelo governo nesse último ano, no valor de 9%, não cobre as perdas salariais, que podem chegar a 34%.
Os grevistas consideram ainda que as propostas do governo até então apresentadas não são satisfatórias.
Lula pede fim da greve dos docentes e técnicos federais
Em uma reunião com reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), Lula pediu para os líderes sindicais terem “coragem de acabar com a greve” que cheguem a um acordo com as classes para cessar esse prolongamento da interrupção das atividades.
Ainda conforme o presidente, “o dirigente sindical tem que ter coragem de propor e negociar, mas ele tem que ter coragem de tomar decisões que muitas vezes não são o ‘tudo ou nada’ ao qual ele se apegou”, disse. Para ele, não há razão para a greve durar tanto tempo.
