Protagonismo feminino no agro cresce em Minas Gerais e transforma o setor rural
Mulheres lideram quase metade dos estabelecimentos rurais em Minas Gerais, rompendo barreiras e inovando no agronegócio. Conheça histórias inspiradoras de resiliência e sucesso
O papel da mulher no agronegócio brasileiro tem crescido de forma significativa, rompendo barreiras e conquistando espaços em um setor historicamente dominado por homens.
Dados do Censo Agropecuário de 2017 mostram que quase 1 milhão de mulheres dirigem propriedades rurais no Brasil, administrando cerca de 30 milhões de hectares, o que representa 8,5% do total do espaço agrícola nacional.
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Em Minas Gerais, essa presença se destaca ainda mais, onde 46% dos estabelecimentos rurais são dirigidos por mulheres. Neste contexto, histórias inspiradoras de mulheres no agro demonstram como a determinação e a inovação feminina têm transformado o setor.
Dados reforçam a força feminina no agro
Conforme o levantamento do Censo Agropecuário de 2017, 19% dos estabelecimentos rurais no Brasil são de propriedade de mulheres. Ao longo dos anos, a escolaridade das mulheres no campo também melhorou substancialmente: em 2006, apenas 5,1% tinham ensino superior, número que saltou para 9,5% em 2017.
Esses avanços refletem a busca por qualificação e profissionalização por parte das mulheres, que hoje desempenham múltiplas funções nas propriedades rurais, desde a administração até o manejo do solo e a produção.
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Superação e resiliência: A história de Cristiane Castro
Um exemplo inspirador é o de Cristiane Castro, diretora do Sindicato Rural em Uberlândia, que começou sua trajetória acompanhando o pai em uma pequena propriedade.
Mesmo formada em Direito, Cristiane viu no agro uma paixão e decidiu assumir a responsabilidade de gerir a fazenda. Enfrentou desafios como a falta de conhecimento técnico e o preconceito por ser mulher, mas isso não a desanimou.
“O fato de ser mulher também pesava muito, pois até os colaboradores da época não validavam minha presença. Achavam que era só a filha do patrão brincando de fazendinha”, conta.
Para Cristiane, a humildade em buscar ajuda e a curiosidade em aprender foram fundamentais para seu sucesso. Atualmente, ela destaca que o agro não é mais um setor para amadores, e a capacitação constante se tornou essencial.
Sua atuação no agronegócio é marcada por força, resiliência e o desejo de vencer, características que a ajudaram a conquistar o respeito e a confiança de todos ao seu redor.
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Tradição e Inovação: a transformação de vida com a mandioca em Flor de Minas
Outro exemplo poderoso é o de Edineia Pereira Costa, produtora de farinha de mandioca no distrito de Flor de Minas, no Pontal do Triângulo Mineiro. Com orgulho e dedicação, Edineia mantém viva a tradição da produção de farinha e polvilho, aprendida com sua mãe e avó.
A rotina de Edineia é intensa: da colheita à secagem, a produção artesanal é feita com um forno industrial que recentemente ampliou a capacidade de torrar mandioca, de 80 para 250 quilos por dia.
Com o apoio técnico da Emater, que acompanha desde o plantio até o produto final, Edineia garante que sua produção atenda às melhores práticas de fabricação e abasteça o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), fornecendo alimentos de alta qualidade para as escolas da região. “Eu amo o que faço, isso mudou a minha vida e eu tenho paixão pelo meu trabalho”, declara Edineia, com um sorriso que reflete sua satisfação e amor pelo agro.
Mulheres no agro e o futuro promissor
As histórias de Cristiane e Edineia ilustram a força das mulheres no agro, que, com garra e paixão, conquistaram seu espaço e trouxeram inovação e dinamismo ao setor rural em Minas Gerais.
O agronegócio, que antes era tradicionalmente masculino, vê na presença feminina uma transformação positiva, onde a busca por conhecimento e a dedicação constante são os motores de uma nova era.
As conquistas dessas mulheres são frutos de muito estudo, trabalho árduo e, principalmente, uma visão de futuro que une tradição e modernidade.
Inspiradoras, elas são um exemplo vivo de que o agro é também lugar de mulher, um espaço onde elas não apenas participam, mas protagonizam mudanças e garantem um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
