Em um sítio rodeado por plantas e tranquilidade, no Distrito de Flor de Minas, no Pontal do Triângulo Mineiro, Edineia Pereira Costa, produtora rural, carrega com orgulho a tradição da produção de mandioca.
Entre o canto do galo ao amanhecer e o esforço constante no campo, a família transforma a raiz em farinha e polvilho, preservando o conhecimento transmitido de geração em geração.
“É uma vida difícil, sim, mas é algo que gostamos de fazer”, revela Edineia, destacando o amor pelo ofício aprendido com sua mãe.
Há 18 anos, ela e sua família têm transformado a mandioca em produtos que carregam o sabor autêntico do interior mineiro. Com a ajuda do esposo e dos filhos, ela segue o legado iniciado por sua avó, garantindo que a tradição continue viva.
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A produção de farinha de mandioca e polvilho, que começa na terça e só termina na sexta-feira, exige esforço e dedicação. Com proteção nas pernas e faca na mão, o trabalho se inicia descascando as raízes.
Em seguida, a mandioca é lavada e triturada em um moedor artesanal. “Passamos a mandioca no moedor duas vezes para garantir que a farinha fique bem fina”, explica Edineia, detalhando o processo.
José desenvolveu uma prensa especial, essencial para o processo de secagem da mandioca, que ele mesmo projetou com base na experiência adquirida em outras agroindústrias da região. “Não é moderna, mas é eficiente para o que precisamos”, afirma José, orgulhoso da invenção.
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Com o forno industrial recém-adquirido, a produção da farinha deu um salto significativo. “Antes, torrávamos 80 quilos por dia, das 4 da manhã até às 11 da noite. Atualmente, conseguimos torrar 250 quilos em um único dia”, conta Edineia.
Parte da produção é destinada ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), abastecendo escolas estaduais e municipais com farinha e polvilho de alta qualidade.
A Emater acompanha de perto o trabalho de Edineia, oferecendo assistência técnica desde o plantio até o produto final. “Ela segue todas as boas práticas de fabricação e está dentro da legislação”, ressalta Priscila Vivas, assistente técnica da Emater.
A paixão pelo trabalho é o que mantém Edineia e sua família firmes na produção. “Gosto do que faço e tenho paixão pelo meu trabalho”, declara Edineia, com um sorriso contagiante.
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Além de sustentar a família, a produção de mandioca fortalece o legado e a identidade rural, provando que a tradição pode, sim, ser o motor de uma vida próspera no campo.
Com informações de Deborah Peres