A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizará, na próxima semana, de 26 a 30 de agosto, a mobilização nacional de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas.
O objetivo da ação é incentivar familiares de desaparecidos a doarem amostras biológicas, para ajudar na identificação de pessoas vivas ou falecidas, por meio da procura nos bancos genéticos e de DNA estaduais e nacionais, cujas identidades permaneces desconhecidas.
Banco de pessoas desaparecidas e coleta de DNA
Atualmente, o Banco Nacional conta com 473 perfis genéticos de restos mortais não identificados provenientes de Minas Gerais, enquanto o Banco Estadual possui 533 perfis cadastrados.
Segundo a delegada Ingrid Estevam, chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD), o engajamento dos familiares é crucial para aumentar as chances de identificação. “A PCMG está devidamente preparada, com toda a estrutura necessária, para alcançar resultados significativos”, afirmou.
O perito criminal Giovanni Vitral, chefe do Laboratório de DNA da PCMG, destacou que, nos últimos cinco anos, 26 pessoas foram identificadas por meio do banco de perfis genéticos.
Leia Mais
Como participar
Familiares de pessoas desaparecidas devem procurar a Delegacia Regional de Polícia Civil em sua cidade para solicitar a emissão da requisição pericial e, em seguida, serão encaminhados ao Posto Médico-Legal, das 8h às 18h.
É necessário portar um documento de identidade e o Registro de Evento de Defesa Social (REDS) do desaparecimento.
Tipo de material genético colhido
Podem ser utilizados para a coleta materiais pessoais do desaparecido, como barbeadores, escovas de dente, bonés, roupas usadas que não tenham sido lavadas, escovas de cabelo ou pentes de uso exclusivo. A coleta é simples, rápida e indolor.
Quanto ao grau de parentesco, a ordem de preferência para a coleta é: pai e mãe, pai ou mãe acompanhado de filhos, pai ou mãe, filhos e irmãos de mesmo pai e mãe (no mínimo dois).
Após a coleta, o material genético é processado e o perfil obtido é inserido no banco de dados, que busca por compatibilidades, possibilitando a identificação da pessoa desaparecida.
Embora o mutirão ocorra nesta semana específica, a Polícia Civil ressalta que o procedimento pode ser realizado a qualquer momento do ano.
