Operação Trapiche: PF deflagra segunda fase de ação contra financiamento do terrorismo

Deflagrada nesta quinta-feira (8), a Operação Trapiche cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em Uberlândia

08/08/2024 ÀS 10H19
- Atualizado Há 1 mês atrás

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira (8) mandados de prisão e de busca e apreensão como parte da segunda fase da Operação Trapiche, inicialmente deflagrada em novembro do ano passado.

A ação tem como objetivo coletar provas relacionadas ao financiamento de atos de terrorismo sob investigação.

Operação Trapiche cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em Uberlândia – Foto: Polícia Federal/reprodução

Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, São Paulo e Brasília.

Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de valores, o bloqueio de contas bancárias e a suspensão das atividades econômicas de empresas envolvidas.

Operação Trapiche: descobertas nesta fase

Denominada Operação Trapiche-FT, esta fase revelou que o principal investigado se aproveitou da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados, utilizando seus dados pessoais para abrir contas bancárias e empresas por onde circulavam recursos de origem ilícita.

O inquérito policial aponta que passagens aéreas utilizadas por brasileiros recrutados para viagens ao exterior, onde eram entrevistados e selecionados por uma organização terrorista, foram financiadas com lucros do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em tabacarias no Brasil.

Viagens para o exterior foram financiadas com lucros do comércio ilícito de cigarros eletrônicos – Foto: Polícia Federal/reprodução

Também foi constatado que parte dos recursos provenientes do contrabando foi direcionada a contas bancárias de empresas de fachada, que fazem parte de um esquema bilionário de evasão de divisas e lavagem de dinheiro descoberto pela Operação Colossus, deflagada pela PF.

Após sucessivas transferências entre contas de empresas de fachada, os recursos ilícitos foram convertidos em criptoativos e enviados para carteiras sancionadas por apresentarem vínculos com organizações terroristas.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de contrabando, participação em organização terrorista, atos preparatórios de terrorismo, financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro.

As penas máximas, se somadas, chegam a 75 anos e 6 meses de reclusão.

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