A Polícia Civil de Minas Gerais realizou na manhã desta quarta-feira (16) a Operação ‘Lucro Sujo’, com o objetivo de combater crimes de estelionato relacionados à compra de bovinos com cheques sem fundos.
Proprietários de frigoríficos em São José do Rio Preto (SP) estão sendo investigados por adquirir gado de produtores rurais e confinar os animais na cidade de Ipiguá, no mesmo estado. As investigações indicam que o esquema causou um prejuízo de quase R$ 5 milhões apenas para vítimas de Minas Gerais.
De acordo com o delegado Fabrício Altemar, da Delegacia de Repressão a Crimes Rurais de Frutal, a investigação começou após mais de 25 boletins de ocorrência serem registrados por produtores rurais de diferentes portes. As vítimas relataram a compra de bovinos com cheques sem fundos: “Os investigados ganharam a confiança dos produtores realizando pagamentos à vista e a prazo, mas, a partir de janeiro, os cheques começaram a retornar sem fundo”, explicou o delegado.
📲 Clique aqui e siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp
Durante a Operação ‘Lucro Sujo’, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois de prisão em São José do Rio Preto. Um dos suspeitos foi preso pela manhã, enquanto o outro conseguiu fugir pouco antes da chegada da polícia ao frigorífico.
No entanto, por volta das 13h20, o segundo investigado foi localizado e preso pela Polícia Civil de São José do Rio Preto ao retornar ao frigorífico. Ele foi encaminhado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para cumprimento do mandado de prisão preventiva.
Veja também:
• Dupla comete assalto em Uberlândia e justifica crime: “precisava de dinheiro”
• Assaltantes roubam 31 celulares de loja em Patos de Minas
• 15 mil litros de bebida falsificada são apreendidos em Uberlândia
Além das prisões, durante a Operação ‘Lucro Sujo’ os agentes apreenderam dois veículos e aproximadamente R$ 13.500 em dinheiro. O prejuízo total causado pelo esquema pode ultrapassar os R$ 10 milhões, somando as vítimas de Minas Gerais e São Paulo.
As investigações ainda apuram a possível prática de lavagem de dinheiro e a participação de outras pessoas no esquema. A Polícia Civil de Minas Gerais orienta que outras vítimas entrem em contato para contribuir com o inquérito.