Operação desarticula grupo que aplicava golpes em sorteios e rifas feitos em redes sociais

A investigação apurou que grupo aplicava golpes em sorteios e rifas falsos para ficar com dinheiro de apostadores; a operação Armadilha Digital cumpriu seis mandados em Passos

, em Uberlândia

Um esquema de golpes aplicados por meio de sorteios e rifas fraudulentos divulgados em redes sociais foi desarticulado pela Polícia Civil, em Passos, nesta quinta-feira (28). Durante a ação, diversos veículos e bens de luxo foram apreendidos, evidenciando a expressiva movimentação financeira gerada pelas fraudes.

Na operação Armadilha Digital foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. No total três automóveis, 10 motocicletas e uma moto náutica foram apreendidas na ação.

Veículos apreendidos na operação armadilha
Carros e moto náutica apreendidos – Crédito: Polícia Civil

As investigações revelaram que os suspeitos praticavam crimes contra a economia popular, ao explorar a boa-fé de participantes com promessas de prêmios de alto valor, como carros de luxo e grandes quantias em dinheiro. Contudo, os sorteios eram manipulados ou sequer realizados, configurando um esquema para obtenção de vantagens ilícitas.

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“Os investigados criavam perfis em redes sociais e, sob a aparência de influenciadores digitais com milhares de seguidores, exibiam itens de luxo e anunciavam oportunidades aparentemente imperdíveis. Prometiam prêmios caros, como veículos de luxo e quantias expressivas de dinheiro, bastando que os seguidores adquirissem cotas por valores simbólicos. Essa prática, no entanto, ocultava uma fraude sofisticada e bem articulada, com o único objetivo de obter dinheiro das vítimas”, disse o delegado de polícia Felipe Capute.

Os sorteios, muitas vezes, sequer ocorriam de forma legítima. Em outros casos, o prêmio nem existia e, por vezes, o suposto ganhador era um cúmplice, criando uma falsa entrega para passar credibilidade e manter o esquema funcionando.

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Não havia auditoria e com a manipulação, o grupo ficaria com as quantias arrecadadas com a venda de centenas ou até milhares de cotas.

O uso da imagem de influenciadores de redes sociais exploravam a confiança e o desejo das vítimas de conquistar algo valioso com um pequeno investimento. “As investigações continuam para identificar outros integrantes da associação criminosa e apurar crimes conexos, como lavagem de dinheiro, que pode ter sido utilizada para ocultar a origem dos recursos obtidos com as fraudes”, disse Capute.