O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, acompanhou nesta quarta-feira (19) a apresentação do protótipo de ônibus elétrico em Araxá (MG).
O veículo é inédito na indústria automotiva mundial e tem bateria de íons de lítio com nióbio.
A apresentação é uma parceria entre a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Toshiba e Volkswagen Caminhões e Ônibus.
O diferencial do ônibus elétrico é a tecnologia que permite uma recarga ultrarrápida, em que se pode atingir a autonomia máxima do veículo com apenas 10 minutos.
Toda tecnologia entra em validação e aperfeiçoamento com a aplicação da Operação Real da CBMM, em que o veículo vai rodar diariamente numa rota fixa, com a recarga prevista no início ou fim do trajeto.
A operação fornecerá dados tanto sobre as características da bateria quanto do veículo, com o objetivo de sinalizar ajustes necessários para futura comercialização.
O período de testes é indeterminado e será definido de acordo com a evolução da aplicação.
No médio prazo, deve expandir para uma pequena frota destinada à essa validação. Nesta fase, todos os componentes serão monitorados em tempo real.
Após essa fase, será possível determinar os próximos passos para o lançamento do ônibus elétrico.
Romeu Zema afirmou que o objetivo é trazer a fábrica dessas baterias para Minas Gerais que têm reserva desse material. “Estamos inaugurando uma nova era na transição energética, já que um dos grandes limitadores que nós tínhamos para os veículos, principalmente os comerciais, era o tempo de recarga das baterias”, disse o governador.
Em relação à bateria com tecnologia, a expectativa é que esteja disponível no mercado em 2025.
Ônibus elétrico com bateria de nióbio: conheça a maior reserva em Minas Gerais
A maior reserva de nióbio encontra-se em Araxá (MG). O Brasil possui 90% das reservas mundiais do metal.
O nióbio produzido em Araxá (MG) é exportado atualmente para mais de 50 países e tem como maior destino as empresas siderúrgicas.
Há produção do metal em Goiás (GO) e em pequenas quantidades no Amazonas (AM) e em Rondônia (RO), além de reservas não exploradas.