O que é raiva animal, como é transmitida e quais os sintomas

Essa doença pode atingir tanto animais quanto seres humanos. A única forma de evitar a raiva animal é através da vacinação

, em Uberlândia
10/09/2024 ÀS 13H38
- Atualizado Há 1 semana atrás

A raiva animal é uma doença viral que afeta diretamente o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo seres humanos. Apesar de anos de controle em áreas urbanas, o vírus persiste em animais domésticos e silvestres.

Raiva animal em cães, gatos e humanos
A raiva animal, além de atingir cães e gatos, pode afetar humanos também. — Foto: Freepik

O principal meio de transmissão ocorre por meio de mordidas, arranhões ou lambidas em feridas de animais infectados. A saliva contaminada pelo vírus é a principal via de contaminação, e uma vez que os sintomas aparecem, a doença é quase sempre fatal.

Quais são os sintomas da raiva animal e como é feita a transmissão? 

A raiva é transmitida através do contato com a saliva de um animal infectado. A mordida de cães e gatos é uma das principais vias de contágio, mas arranhões e até lambidas em mucosas ou feridas abertas também podem transmitir a doença.

Após a exposição ao vírus, os sintomas geralmente se manifestam entre 10 a 60 dias, mas podem variar conforme o caso.

No começo, a doença pode causar mudanças comportamentais, como agressividade, salivação excessiva e alterações nos sons emitidos pelos animais, como latidos ou miados mais frequentes.

Observar os sintomas doas animais é essencial para identificar a doença quanto antes - Foto: TV Paranaíba/Reprodução
Observar os sintomas doas animais é essencial para identificar a doença quanto antes — Foto: TV Paranaíba/Reprodução

À medida que o quadro evolui, o animal pode desenvolver rigidez muscular, dificultando a deglutição, o que leva ao acúmulo de saliva — o clássico sintoma da “boca espumando”.

Se não for tratado, o animal entra em convulsão, seguido de paralisia e, finalmente, morte.

Se uma pessoa for mordida por um animal suspeito de estar infectado com raiva, o primeiro passo é buscar ajuda médica imediata.

Além disso, é essencial informar as autoridades de saúde locais, como a Unidade de Vigilância de Zoonoses, para o animal ser colocado em quarentena e submetido a exames. 

A vacinação é o principal meio de prevenção da raiva animal

Atualmente, a raiva não tem cura e pode causar morte em animais e seres humanos. A única forma eficaz de prevenção é a vacinação anual de cães e gatos.

A vacina antirrábica é obrigatória para cães e gatos, e a primeira dose deve ser aplicada a partir dos 6 meses do animal.

Vacinação é essencial para prevenir a raiva animal
A vacinação antirrábica é essencial para a prevenção da doença — Foto: TV Paranaíba/Reprodução

Mesmo animais de estimação que não saem de casa estão suscetíveis à infecção, como demonstra um caso ocorrido em 2012 em São Paulo, quando um gato foi infectado por um morcego que entrou em seu apartamento.

A vacinação antirrábica anual continua sendo indispensável para manter a doença sob controle, especialmente diante da possibilidade de transmissão por variantes silvestres do vírus, como aquelas presentes em morcegos e raposas.

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Cenário da raiva animal no Brasil

No Brasil, a vigilância e o controle da raiva em cães e gatos estão sob a responsabilidade do Ministério da Saúde.

De 2002 a 2024, houve uma queda significativa nos casos de raiva em cães: de 635 registros em 2002 para apenas 8 em 2024.

A vacinação em massa foi o principal fator para essa diminuição, e o controle de focos da doença continua a ser uma prioridade em áreas de risco.

Entre 2015 e 2024, 238 casos de raiva foram registrados em cães e gatos no país, sendo que 77,7% ocorreram em cães.

Raiva animal em cães
De 2002 a 2024, houve uma queda nos casos de raiva em cães: de 635 registros em 2002 para apenas 8 em 2024. — Foto: Freepik

Desses, 39% dos casos de raiva canina foram causados pela variante do vírus típica de cães (AgV1), geralmente associada a surtos na fronteira com a Bolívia.

Além dos cães, os gatos também são suscetíveis à raiva, especialmente pela exposição a morcegos, devido ao seu comportamento predatório.

No entanto, as taxas de vacinação entre felinos preocupa, já que são inferiores às de cachorros, expondo inúmeros gatos ao risco de infecção.

A raiva em animais silvestres

Animais como morcegos, raposas e outros mamíferos silvestres atuam como transmissores do vírus, e podem infectar tanto animais domésticos quanto humanos também.

Morcegos, em particular, são os principais transmissores para gatos, que ao caçá-los acabam contraindo a doença.

Por isso, é necessário manter a vacinação dos animais domésticos em dia, mesmo em regiões urbanas, para evitar que variantes silvestres do vírus causem novos surtos.

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