O que a ansiedade pode causar na mente: entenda os impactos no cérebro

A ansiedade, quando não tratada, pode causar alterações significativas no cérebro, influenciando desde a capacidade de lidar com o estresse até funções como memória e planejamento.

Conforme o psiquiatra Dr. Guilherme Labinas, em vídeo publicado em seu canal no YouTube, a exposição contínua ao estresse e a traumas ativa mecanismos cerebrais que afetam a saúde mental e física. Veja o vídeo:

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Como a ansiedade afeta o cérebro

O Dr. Labinas explica que situações de estresse prolongado, como dificuldades financeiras ou problemas pessoais, elevam os níveis de cortisol, o chamado “hormônio do estresse”. Esse aumento constante impacta o equilíbrio cerebral, gerando picos de noradrenalina — um neurotransmissor relacionado à resposta de “luta ou fuga”.

Esse estado de alerta contínuo é comum em quem sofre de ansiedade, levando a preocupações excessivas e sensação de iminente perigo.

Com o tempo, essa hiperativação reduz neurotransmissores importantes para o bem-estar, como serotonina, dopamina e endorfina. A escassez dessas substâncias diminui a capacidade do cérebro de se recuperar de lesões neurais e reduz sua resiliência emocional.

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Ciclo vicioso e lesões cerebrais

A diminuição de um fator chamado BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), essencial para a regeneração e crescimento dos neurônios, também ocorre devido ao estresse crônico. Isso compromete estruturas-chave, como:

• Hipocampo: reduz a memória recente e a capacidade de adquirir novas informações.
• Córtex pré-frontal: afeta o planejamento, a organização e a execução de tarefas.
• Amígdala e ínsula: intensifica o medo, a preocupação e a tensão emocional.

Essas alterações formam um ciclo vicioso: quanto mais a ansiedade persiste, mais danos ocorrem, dificultando ainda mais o controle dos sintomas.

Como lidar com os efeitos da ansiedade

Identificar os sintomas de ansiedade e buscar tratamento adequado são passos fundamentais para interromper esse ciclo. Terapias, mudanças no estilo de vida e medicações, quando necessárias, podem ajudar a restaurar o equilíbrio neuroquímico e promover a saúde mental.

Se você sente que vive nesse estado de alerta constante, é importante buscar orientação profissional e implementar estratégias de cuidado com a mente.