Neste Novembro Azul, a campanha se volta à conscientização sobre a saúde masculina, especialmente para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, a segunda doença oncológica mais comum entre os homens brasileiros.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 16.300 homens morreram da doença em 2021, e a expectativa é de que até 2025 o Brasil registre cerca de 70 mil novos casos anuais.
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A necessidade de exames preventivos e a importância de reconhecer os sinais do próprio corpo são destaques na fala do urologista, Dr. Sélio Queiroz, especialista em saúde masculina.
“Infelizmente, muitos homens só procuram ajuda médica quando a doença já está em fase avançada”, explica o Dr. Sélio. Ele atribui isso a uma mistura de descuido e falta de informação. “Muitos deixaram de fazer o rastreamento regular, o que resultou em diagnósticos tardios e redução da chance de cura.”
O câncer de próstata, conforme explica o especialista, é assintomático nas fases iniciais.
“É comum a resistência ao exame, porque muitos homens acham que, por não sentirem nada, estão bem de saúde. Mas a realidade é que a doença se desenvolve de forma silenciosa”, alerta Dr. Sélio. “Recomendamos que homens com histórico familiar façam o exame a partir dos 45 anos. Já para quem não possui esse histórico, o ideal é começar aos 50 anos com exames anuais.”
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Fatores de risco e tratamentos contra o câncer
O Urologista também menciona que certos fatores genéticos aumentam a probabilidade de desenvolver o câncer de próstata: “Homens negros, por exemplo, têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença do que homens brancos. A genética é, sim, um fator importante.”
O tratamento depende da fase em que o câncer é diagnosticado. Nos estágios iniciais, há possibilidade de cura por meio de cirurgia para remoção da próstata ou radioterapia, com uma taxa de sucesso de cerca de 95%.
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Já nos casos avançados, o médico explica que “o tratamento inclui bloqueio hormonal, quimioterapia e imunoterapia, mas as chances de cura diminuem consideravelmente.”
A prevenção e o diagnóstico precoce são cruciais, e o Dr. Sélio reforça:
“Com exames regulares como o PSA e o toque retal, é possível detectar o câncer precocemente. Nos casos suspeitos, uma ressonância magnética ou uma biópsia são indicadas para confirmar o diagnóstico.”