Comportamento abusivo: jovem denuncia ex-namorado por divulgar vídeos íntimos e perseguição

Após dez anos de relacionamento, a mulher relata abusos, perseguições e ameaças por parte do ex-companheiro

02/08/2024 ÀS 21H44
- Atualizado Há 2 meses atrás

Uma mulher de 25 anos procurou o Portal Paranaíba Mais para denunciar o comportamento abusivo de um ex-namorado, de 29 anos. A jovem, que prefere não se identificar, viveu um relacionamento com o homem durante dez anos.

Mulher é vítima de ameaças do ex-companheiro
Desde o ano passado, a relação já dava sinais de desgaste – Reprodução TV Paranaíba

Na primeira agressão, ela buscou proteção judicial e obteve uma medida protetiva. Contudo, as promessas de mudança do homem a convenceram a dar outra chance, mesmo com a medida em vigor.

O comportamento abusivo e as agressões, entretanto, voltaram, e a mulher decidiu terminar definitivamente. Desde então, o ex-companheiro tem rondado sua casa e a perseguido no trabalho. Ele chegou a invadir o local para tentar agredi-la e até tentou atropelar ela e um amigo. 

Além disso, a jovem relata que o ex-namorado gravou um momento íntimo entre eles e divulgou para seus colegas. “Ele chegou a criar um número fake, na verdade, ele tem três números. Um em especial, eu suspeito que ele esteja divulgando imagens e vídeos íntimos meus”, desabafou a jovem.

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As ameaças de morte também começaram a fazer parte deste comportamento abusivo, com o homem afirmando que, se ela não ficar com ele, não ficará com mais ninguém. 

O ex-companheiro também divulgou prints de conversas nas quais ela suspeita que foram forjadas por ele. “Ele fica mostrando prints de conversas, às vezes prints de conversas nossas antigas, que realmente houve, e outras que a gente pensa até que é simulação. Já aconteceu dele usar uma foto minha no perfil de um fake dele, e até mesmo simulando situações e conversas nossas que nunca existiram”, relatou a vítima.

A mulher já registrou dois boletins de ocorrência e compareceu à Delegacia da Mulher, mas a resposta das autoridades é que só seria possível prendê-lo em flagrante.

Violência contra mulher aumentou

Mulher fazendo sinal de pare contra a violência
No próximo dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completa 18 anos – Foto: Freepik

Dados do SIGOP PMMG indicam que a ocorrência de violência contra mulher aumentou mais de 3.000% no mês de julho.

A Lei Maria da Penha n. 11.340 recebeu esse nome em homenagem à biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que, após sofrer duas tentativas de homicídio por parte de seu marido, lutou pela criação de uma legislação que contribuísse para a diminuição da violência doméstica e familiar contra a mulher. 

A Lei Maria da Penha estabelece que todo caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, devendo ser apurado através de inquérito policial e remetido ao Ministério Público. Esses crimes são julgados nos juizados especializados de violência doméstica contra a mulher, criados a partir dessa legislação, ou, nas cidades em que ainda não existem, nas varas criminais.

A lei também tipifica as situações de violência doméstica, proíbe a aplicação de penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das mulheres em situação de violência, assim como de seus dependentes, a programas e serviços de proteção e de assistência social.

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