Medo de começar a investir? Aprenda os primeiros passos da área de investimentos

Financista Isabela Amâncio garante que dá para evitar erros comuns e superar as incertezas de todo primeiro investimento; acompanhe as dicas da especialista

14/07/2024 ÀS 16H05
- Atualizado Há 2 meses atrás

Começar a investir pode parecer um mistério para muitas pessoas e uma aventura incerta para quem não tem nenhum conhecimento sobre o mercado financeiro. A ideia de colocar o próprio dinheiro em algo que não se compreende pode ser de fato meio assustador.

No entanto, essa vontade não precisa ser um salto no escuro. Com os conselhos certos, é possível transformar esse desafio em uma jornada empolgante rumo à independência financeira.

Isso é o que garante a economista e consultora financeira Isabela Amâncio. O Paranaíba Mais conversou com a especialista para desmistificar o medo de começar a investir e compartilhar orientações valiosas para quem pretende ter rendimentos para além da poupança.

Começar a investir com segurança
Começar a investir demanda conhecimento prévio sobre como incidem as taxas e impostos do mercado financeiro – Foto: Freepik

Começar a investir não precisa ser um martírio

Mesmo parecendo um território desconhecido, lidar com os medos iniciais e evitar os erros comuns pode ser mais fácil do que se pensa. No entanto, o investidor de primeira viagem precisa começar a entender os conceitos e práticas fundamentais para um investimento seguro.

Segundo a economista, esse receio geralmente está relacionado à falta de conhecimento.

“Eu diria que o medo não se trata somente dos riscos relativos a começar a investir, mas da falta de conhecimento, da sensação de estar no escuro e não saber bem onde está pisando. Por isso, o primeiro passo é buscar conhecimento de fontes confiáveis. É se familiarizar com a linguagem do mercado financeiro. É alinhar a teoria de investir antes de colocar em prática”, sugeriu Isabela.

A seguir, veja um passo a passo prático sugerido por Amâncio para começar a investir com segurança e sem medo.

Financista Isabela Amâncio explica como começar a investir
Economista Isabela Amâncio destaca desatenção e falta de conhecimento entre principais problemas em começar a investir – Foto: Arquivo pessoal

1. Buscar conhecimento

Inicie o caminho por uma educação básica e, posteriormente, aprofundada sobre o mercado financeiro e os termos mais comuns sobre o assunto. Muito se lê e ouve falar sobre os termos renda fixa e renda variável, por exemplo.

Os dois conceitos estão atrelados à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia e ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é o indicador que gira em torno da taxa Selic.

“Além destes, é importante entender bem o conceito e como funcionam a taxa de juros, a inflação e a taxa de câmbio. Entender a economia como um todo antes de se ater a siglas de investimentos”, destacou a economista.

Também é importante começar a entender como funciona a incidência dessas principais taxas e impostos sobre investimentos.

“As taxas têm diminuído bastante nos últimos anos como forma de incentivo à entrada no mercado financeiro. Agora, o principal imposto que um investidor iniciante deve se atentar é o imposto de renda, pois é descontado na fonte em alguns tipos de renda fixa e deve ser pago caso ultrapasse o teto da renda variável. Mas o mais importante sobre esse imposto é que os investimentos sempre devem ser declarados nele independente de seu valor”, informou.

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2. ⁠Ter clareza sobre o valor que tem disponível para investir

O próximo passo é analisar o orçamento para determinar com quanto você pode começar a investir sem comprometer as finanças pessoais.

A consultora orienta conhecer a renda média mensal e as despesas médias mensais. A partir do momento que o investidor conhece seu próprio orçamento, ele consegue definir um valor de investimento que não interfira no comprometimento financeiro.

3. ⁠Definir seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo

Em seguida, é preciso estabelecer metas de curto, médio e longo prazo para os investimentos. Nem sempre será uma tarefa fácil, especialmente para as pessoas que têm maior dificuldade de controlar as finanças.

A ajuda de um consultor financeiro é determinante para estabelecer essas metas que podem ser para reserva de emergência, compras planejadas, compra de imóveis e outros bens de alto valor, educação dos filhos, aposentadoria, etc.

Saiba como calcular o orçamento pessoal
Simular as operações é uma etapa importante antes de aplicar o dinheiro em algum fundo de investimento – Foto: Freepik

4. ⁠Testar seu conhecimento por meio de simulações, comparações e análises

Com as novas tecnologias e planilhas personalizadas criadas pelos financistas, é possível simular diferentes tipos de investimentos e a rentabilidade de curto a longo prazo.

Essas simulações de cenário de investimentos devem considerar as rendas variáveis como taxa de retorno, inflação, tempo de investimento entre outros.

5. ⁠Começar a colocar em prática aos poucos

A partir de agora, é hora de colocar em prática os conhecimentos iniciais e começar a investir
de forma gradual, aumentando a confiança e experiência.

As metas estabelecidas vão ajudar o investidor iniciante nessa etapa, priorizando aquilo que é mais importante, porém mais acessível à realidade orçamentária.

6. ⁠Manter a constância

A etapa final é continuar aprendendo e investindo regularmente para alcançar os objetivos financeiros, sem arriscar cair em alguma fraude ou cometer erros que vão comprometer o orçamento.

“Os erros mais comuns que os investidores cometem são a desatenção e a impulsividade, começar a investir em algo sem a devida análise. A forma de evitá-los é com paciência, atenção, informação e conhecimento”, finalizou Isabela.

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