Uma médica cardiologista de 50 anos, brutalmente espancada pelo marido em Uberlândia, um advogado de 42 anos, vive há mais de uma década sob um regime de terror em casa.
Ao Paranaíba Mais, a advogada da vítima relatou que a cliente e o filho do casal, de apenas 11 anos, sofreram anos de abusos físicos e psicológicos, incluindo ameaças de morte com arma de fogo e tentativas de alienação parental.
Para se proteger, a vítima está em outra cidade com o filho temendo pela vida, uma vez que o suspeito está foragido.
A situação atingiu o ápice no último fim de semana, quando o advogado a espancou violentamente em seu próprio apartamento, na presença do filho. Após receber atendimento médico, foi constatado uma fratura no nariz e amolecimento nos dentes devido os golpes de violência sofridos.
Mulher espancada pelo marido: uma vida de abusos
A vítima relatou à polícia que o marido a controlava obsessivamente, monitorando seus passos e até interferindo em sua vida profissional. Em uma das ocasiões, ele chegou a fechar um dos consultórios da médica, desmarcando consultas de pacientes sem a permissão dela.
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Além disso, o homem filmava constantemente a esposa e obrigava o filho a participar de ações humilhantes contra a mãe, usando o menino como instrumento de chantagem emocional.
Em uma das ameaças, o advogado usou cordas para simular um enforcamento, dizendo que mataria a esposa e o filho caso contassem sobre o que acontecia em casa.
Carreira profissional destruída
A advogada disse que a cliente, que trabalha tanto na rede pública quanto em consultório particular, vive anos de pânico com a constante ameaça de morte. O agressor afirmava repetidamente que, se a esposa pedisse o divórcio, ele “não sairia de mãos vazias” e ameaçava desaparecer com o filho.
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As motivações por trás da violência, segundo a advogada, eram principalmente financeiras, com o marido exigindo controle sobre os bens da médica.
A situação se tornou ainda mais insuportável para a cardiologista quando, recentemente, durante uma viagem testemunhas presenciais em Caldas Novas assistiram a mais um episódio de violência contra ela, o que impulsionou a decisão de denunciar finalmente o marido.
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Médica saiu da cidade para proteger ela e o filho
Enquanto a polícia procura pelo agressor, o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Uberlândia.
A advogada contou que a medida protetiva foi deferida e estendida ao menor. Os dois mudaram de cidade por medo do que o homem possa fazer.
O que diz a defesa do advogado
Em nota, a advogada do homem diz que o caso continua sob investigação judicial. Alega que as acusações estão distorcidas e precisam de provas, afirmando que o acusado pela mulher não cometeu atos de violência, mas sim tentou proteger seu filho, supostamente vítima de maus-tratos pela mãe.
A defesa pede cautela na divulgação pública para evitar prejudicar a imagem de e o bem-estar da criança, e se coloca à disposição para fornecer informações quando o processo avançar, garantindo o direito de resposta.
