O incêndio que atingiu o Parque Estadual do Pau Furado na última quarta-feira (4) chegou ao fim após 7 dias intensos de combate na reserva ambiental.
Em entrevista ao programa Manhã Total, nesta segunda-feira (9), o biólogo e um dos diretores da Angá, Gustavo Malacco, trouxe detalhes do ocorrido.
Segundo Gustavo, o incêndio foi combatido, e nos próximos dias serão realizados trabalhos de rescaldo e monitoramento no parque. “Sempre fica um tronco queimando, uma árvore no solo. Agora é um trabalho de cuidado, atenção e monitoramento. Porque esse tipo de fogo, ainda que pontual, pode, com uma fagulha ou vento, se alastrar novamente”, explicou.
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Oficialmente, ainda não há dados precisos sobre a área queimada. Mas o biólogo apresentou dados extraoficiais coletados por pesquisadores.
“Em todo o território do Pau Furado, considerando as áreas dentro e fora do parque, provavelmente entre 800 e 1.000 hectares foram atingidos. Dentro do parque, o dado extraoficial que temos aponta quase 200 hectares”, comentou.
O ambientalista destacou ainda que a área queimada no parque corresponde a quase 10% do total de hectares. O local tem cerca de 2.200 hectares.
Vale ressaltar que esses dados ainda serão apurados e oficializados pelo Corpo de Bombeiros e pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Entenda o incêndio no Parque Estadual do Pau Furado
Dois focos de incêndio começaram nas imediações do parque na última segunda-feira (2).
No dia seguinte, os brigadistas e a administração da unidade de conservação começaram a auxiliar nos trabalhos de contenção do fogo.
Mesmo com todo o esforço, as chamas se alastraram e atingiram a área interna da reserva ambiental na última quarta-feira (4).
Na sexta-feira (6), o biólogo Gustavo Malacco, que está na linha de frente do combate e tem atualizado suas redes sociais com informações sobre o incêndio, informou que a situação começou a melhorar, com poucos focos de incêndio e um trabalho intenso de rescaldo dentro do parque.
No combate, além dos bombeiros, atuam policiais militares, brigadistas voluntários, servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e funcionários da gestão ambiental da unidade de conservação.
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Parque fechado e doações
Em razão do grave incêndio florestal, que devastou a vegetação e ameaça as espécies, a unidade de conservação ficará temporariamente fechada. Segundo a administração da reserva, a reabertura será feita após o fim do combate e a avaliação dos danos.
A Associação para Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá) fez um apelo por doações de equipamentos de proteção individual (EPIs), abafadores, bombas costais, água e alimentos para as equipes na linha de frente.
No sábado (7), no entanto, informou que o estoque de água para os brigadistas já é suficiente, e novas doações desse item não são mais necessárias.
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Trabalhos nas imediações continuam
Embora o combate direto no parque esteja na fase de rescaldo, os trabalhos nas imediações continuam.
O Corpo de Bombeiros está no 9º dia de combate, considerando os incêndios que se iniciaram na semana passada nas matas próximas à unidade de conservação. As equipes estão focadas no monitoramento de toda a área para identificar qualquer possível reinício de focos de incêndio.
No fim da manhã desta segunda (9), os bombeiros confirmaram dois pontos de reignição dentro da reserva, que estavam sendo controlados.
A fase de prevenção e monitoramento contínuo é crucial para garantir que as chamas não voltem a surgir em maior escala.