MP requer identificação de queimadas criminosas para responsabilizar incendiários

Ministérios Públicos Estadual e Federal recomendaram medidas à PM e ao Corpo de Bombeiros de Uberaba e Uberlândia

19/09/2024 ÀS 13H03
- Atualizado Há 6 horas atrás

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MPE) recomendaram aos comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, em Uberlândia e Uberaba, a adotarem medidas que permitam a identificação de queimadas criminosas, remetendo ao Ministério Público as informações para a responsabilização dos autores.

A recomendação divulgada na tarde desta quinta-feira (19) é assinada pelo procurador da República Gustavo Kenner Alcântara e pelo promotor de Justiça Carlos Alberto Valera.

O objetivo é poder identificar incendiários das queimadas criminosas na região e investigá-los criminalmente pelos danos causados ao meio ambiente e a população.

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Incêndio setor Industrial - queimadas criminosas
Ministério Público quer investigar queimadas criminosas em Uberlândia e Uberaba – Imagem: Fertex Filmes

Queimadas criminosas na região

Na recomendação, o MPF e o MPE registram que vários incêndios, possivelmente de natureza criminosa, vêm ocorrendo em toda a região do Triângulo Mineiro e do Noroeste de Minas Gerais, causando perigos à vida e dano ao patrimônio da população.

Além da proteção ao meio ambiente, os incêndios têm sido fator de preocupação, pois afetam a segurança do tráfego terrestre e aéreo, causam danos à saúde humana e agravamento de quadros de saúde.

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Os órgãos estabeleceram prazo de cinco dias úteis para que os comandantes das unidades militares respondam sobre o acatamento da recomendação.

Incêndio ETA Sucupira
Causar incêndio com perigo à vida e ao patrimônio é crime previsto no Código Penal – Foto: Defesa Civil

O artigo 250 do Código Penal Brasileiro prevê que é crime causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio.

Além disso, é obrigação do Poder Público proteger a fauna e a flora, sendo proibidas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e provoquem a extinção de espécies, conforme artigo 225 da Constituição Federal.

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